Cistos sinoviais são lesões extradurais benignas caracterizadas por um revestimento de epitélio sinovial que contêm líquido claro ou xantocrômico. Apresentam-se como herniação da cápsula articular da faceta intervertebral degenerativa. Podem desenvolver-se a partir de qualquer articulação revestida por membrana sinovial ou bainha tendinea, sendo relativamente incomuns na coluna vertebral e raros na topografia cervical. Objetivo: Descrever um caso de cisto sinovial cervical em paciente com sustentada radiculopatia dolorosa e discutir sobre a abordagem cirúrgica nestes casos. Métodos: Baseou-se em coleta de dados do prontuário da paciente e revisão de literatura nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Resultados: Obteve-se, através da abordagem cirúrgica com realização de hemilaminectomia de C6 à esquerda, a exérese do cisto, contribuindo para melhora da qualidade de vida da paciente, que evoluiu assintomática no pós-operatório. Conclusão: A maioria dos casos relatados de cistos sinoviais cervicais ocorreram no nível C7/T1. Assim, a formação dessa entidade ao nível de C6/C7 deve ser considerada como distinta, particularmente em pacientes com suspeita de hérnia de disco intervertebral. Visualiza-se assim, que devido à persistência dos sintomas na paciente, a ressecção cirúrgica mostrou-se eficaz e com bom resultado pós-operatório, sendo, também, uma boa alternativa.
Traumatismo cranioencefálico (TCE) constitui-se de uma agressão de ordem traumática que acarreta lesão anatômica e comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou seus vasos. A frequência do TCE infantil em estatísticas internacionais evidencia 7.400 mortes anuais. Diante disso, o estudo PECARN (Pediatric Emergency Care Applied Research Network) identificou crianças com TCE leve que não necessitariam de tomografia computadorizada (TC) de crânio, permitindo uma estratificação de risco adequada. Objetivo: Debater a respeito do conhecimento médico sobre os critérios para solicitação da TC no TCE da faixa etária pediátrica dos serviços de emergência no munícipio de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. Método: Trata-se de um estudo transversal, seguindo o algoritmo baseado no PECARN. Resultados: Alcançou-se um N amostral de 70 questionários. O tempo médio de exercício profissional foi de 15 anos entre as especialidades. Sessenta e um por cento demonstraram aplicar a escala de coma de Glasgow pediátrica. Em situações nas quais a decisão entre TC de crânio e observação hospitalar dependia do critério médico, cerca de 50% dos profissionais demonstraram-se favoráveis à radiação ionizante. Discussão: A realização excessiva de tomografia pode ocasionar, entre outros problemas, o risco aumentado de tumor cerebral e leucemias em crianças devendo sempre seu uso ponderado principalmente nos TCEs leves. Conclusão: O conhecimento entre os grupos dos médicos é heterogêneo, no entanto há uma tendência ao excesso de realização de TC de crânio na faixa etária pediátrica, corroborando com o impacto da radiação ionizante desnecessária em crianças.
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