O artigo tem como objetivo problematizar concepções que circulam em uma página da rede social Facebook acerca do debate feminista contemporâneo. Foi eleita uma postagem entre os conteúdos disponibilizados na página do coletivo Não Me Khalo, a qual se remete a uma pesquisa realizada com mulheres, tendo como um dos temas a participação de homens no movimento feminista. Elegemos seis comentários produzidos por internautas a partir da postagem inicial para analisar a argumentação que envolve os dissensos sobre as categorias centrais do feminismo – mulher e feminino, as quais servem de mote para estabelecer os limites da associação de homens ao movimento, que deveria ser protagonizado apenas por mulheres.

O artigo, derivado de uma pesquisa de mestrado em Educação, tem como objetivo discutir enunciados que constituem, discursivamente, noções de gênero, sexualidade, escola e família, a partir das narrativas de estudantes do Ensino Médio de uma escola pública e das ideias e recomendações presentes no site do movimento Escola sem partido (ESP). Apresentamos, em seguida, narrativas de jovens estudantes e discutimos suas ideias na relação com esse contexto contemporâneo de conservadorismo, representado pelas proposições do movimento. As narrativas foram construídas a partir de entrevistas narrativas e indicaram relações de descontinuidade entre os modos de agir e pensar das/os jovens e o contexto político-moral reacionário e conservador proposto pelo ESP.