Neste trabalho iremos abordar um caso clínico de exóstese múltipla hereditária (EMH) com transformação maligna. A patogênese da EMH ainda é desconhecida, sendo seu diagnóstico clínico, geralmente na primeira década de vida, associado a exames de imagem. Nos casos de suspeita de malignização, que é rara, o estudo anatomopatológico é também utilizado. Apresentação do caso: Paciente de 41 anos, sexo masculino, há 5 meses apresentando protuberância óssea, na região do quadril direito, associada a dor, sinais flogísticos e aumento progressivo e agudo da lesão. O diagnóstico foi realizado através de dados clínicos, anatomopatológicos e de TC, que evidenciou lesão maligna no quadril direito, posteriormente sendo confirmado o quadro de condrossarcoma. Discussão: A EHM, doença autossômica dominante com penetração completa, é a anormalidade do desenvolvimento do esqueleto mais frequente. Geralmente apresenta fácil diagnóstico devido a faixa etária dos acometidos, e das características clínicas, como baixa estatura e deformidades osteoarticulares. Quando das formas atípicas e raras hipóteses de malignização, são necessários exames de imagem mais sofisticados e anatomopatológico para fechar o diagnóstico. O tratamento é expectante, ou cirúrgico quando há comprometimento da qualidade de vida e malignização tumoral. Conclusão: A EMH é uma doença comum dos ossos, e raramente se maligniza. Contudo é de suma importância a detecção desta anormalidade, com base no exame físico e exames de imagem, para estabelecer o tratamento precoce correto, e, assim, prolongar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes acometidos por ela.
As Gestantes são consideradas, pelo ministério da saúde, grupo de risco para doença em decorrências das alterações fisiológicas gestacionais, sua susceptibilidade a infecções intracelulares e seus distúrbios imunológicos. Isso pode levar a parto prematuro e restrição de crescimento fetal. Identificar, elencar e discutir as principais consequências danosas do Sars-Covid-19 para as grávidas e seus conceptos. Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura baseada em artigos publicados entre os anos de 2020 e 2021 sendo todos artigos originais e de revisão da literatura, disponibilizados nas plataformas CAPES, Scielo e PubMed nas quais foram selecionados 56 artigos dos quais 14 se enquadraram nos critérios de inclusão. Foram excluídos os artigos de bases de dados não indexadas e artigos repetidos. A transmissão viral vertical pode ocorrer por via transplacentária e durante o parto. A transmissão durante a amamentação é incerta. Houve aumento das taxas de cesariana entre gestantes que tiveram a doença, assim como maior probabilidade de admissão em UTI e do uso de anestesia geral com intubação orotraqueal, aumento de indicação de parto emergencial, elevação dos riscos de eventos tromboembólicos nas gestantes e puérperas. Em relação à criança, a maioria dos recémnascidos de mães infectadas é assintomática. Porém, quando há repercussão clínica notase aumento no risco de parto prematuro em cerca de 30%. Diante desse cenário, nota-se repercussões importantes no binômio mãe-feto que vão desde rotura prematura de membranas até óbito fetal.
Introdução: O Pineocitoma é um tumor do sistema nervoso central de caráter benigno. Esse tipo histológico é infrequente correspondendo menos de 1% dos tumores intracranianos. A clínica apresenta desde hipertensão intracraniana até compressão de estruturas nervosas, associado a uma altíssima taxa de morbidade e mortalidade. Apresentação do caso: Paciente com 23anos, sexo feminino, procurou serviço de emergência médica referindo cefaleia intensa de escala de dor 8/10, sem fatores precipitantes e sem melhora com uso de analgésicos ou anti-inflamatório, negou comorbidades e uso de medicações contínuas. Apresenta-se com muita dor, administrando medicação endovenosa para melhorar os sintomas. Foi solicitada uma Tomografia de crânio que evidenciou uma lesão sugestiva de meningioma, paciente foi internada e conduzida para cirurgia para retirada da lesão a qual foi constatada no histopatológico que se tratava de um Pineocitoma. Discussão: o diagnóstico é baseado na clínica, exames de neuroimagem, marcadores tumorais no líquor cefalorraquidiano, o histopatológico já é um exame definitivo, com a tomografia computadorizada de crânio é possível visualizar, massa com contorno bem delimitado, em torno de 3 cm de diâmetro, sendo possível encontrar hidrocefalia associada. O tratamento padrão ouro é ressecção cirúrgica completa, associando a radioterapia e quimioterapia. Conclusão: o tratamento mostra resultado de cura, visto que o Pineocitoma raramente evolui para metástase, resultando em um bom prognóstico devido a evolução tecnológica em tratamento e métodos diagnósticos.
Introdução: A Síndrome de Mccleery foi descrita detalhadamente a primeira vez em 1951, por Mccleery. É um subtipo da Síndrome do Desfiladeiro Torácico, causada pela obstrução não trombótica da veia subclávia, em que acomete adultos jovens (principalmente do sexo masculino) e atletas, em razão dos esforços repetitivos e da hipertrofia muscular da região torácica. Apresentação do caso: Paciente sexo masculino, 25 anos, atleta, apresenta quadro de dor intensa de início súbito em membro superior direito, seguida de edema e cianose. Relata piora do quadro ao movimentar o membro e melhora parcial com uso de analgésicos e repouso. A ultrassonografia com Doppler identifica compressão de veia subclávia. Realizada venografia que apresentou obstrução de veia subclávia no espaço costoclavicular. Discussão: Nesta síndrome, o espaço costoclavicular, especificamente, ganha destaque. Delimitado entre a primeira costela e a clavícula, onde passam os vasos subclávios e o plexo braquial. Seu diagnóstico é clínico, contudo deve ser associado a exames de imagem. O tratamento é direcionado de acordo com a etiologia e a presença ou não de complicações. Frequentemente a conduta inicial é o tratamento clínico, procurando aliviar os sintomas. No entanto, estudiosos vêm advogando intervenções cirúrgicas precoces, no intuito de evitar eventos trombóticos, limitações funcionais e restrições de mobilidade. Conclusão: O presente relato de caso faz-se importante como contribuição para o literatura científica, de forma que haja melhor acesso e maior discussão acerca do tema nas plataformas acadêmicas.
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