O estado de emergência em saúde pública decorrente da epidemia do Zika vírus no Brasil, especificamente na Região Nordeste e no Estado de Pernambuco, mobilizou o sistema de saúde, da assistência social, o campo científico e jurídico, num esforço conjunto para responder à população e as agências internacionais sobre o nascimento de crianças com microcefalia (Síndrome Congênita do Zika Vírus - SCZ). Neste artigo, fazemos uma análise do Benefício de Prestação Continuada – BPC, a partir da lei que priorizou o seu acesso a crianças acometidas pelo Zika Vírus no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. A partir do método etnográfico, buscamos compreender as particularidades relacionadas à Emergência em Saúde Pública e ao modelo social de deficiência, sob a influência do BCP, que entram em pauta para o entendimento da epidemia. Em seguida, abordamos como se dão as negociações dos diferentes atores do processo – famílias atingidas pela SCZ, INSS, judiciário – no acesso ou não ao BPC e evidenciamos que a deficiência tem sido relativizada em detrimento do critério da pobreza.
Neste artigo discutimos as relações entre ciência/pesquisa e associativismo na Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV). De início focamos no surgimento das principais associações de SCZV do Brasil e da Frente Nacional por Direitos da Pessoa com a Síndrome Congênita do Zika Vírus (FNDPSCZV). Em seguida debatemos sobre duas demandas da Frente: (1) as discussões sobre ética em pesquisa com seres humanos e a (2) pensão vitalícia para as crianças com SCZV e como este tema se relaciona com a pesquisa científica. Concluímos que as associações tem buscado relação mais horizontal com a ciência, ora denunciando sua falta de empatia e ética, ora fazendo uso dela. Para tanto, as associações têm buscado junto a comunidade científica espaços de diálogo no qual possam ser ouvidas e respeitadas quanto aos usos e resultados das pesquisas científicas em seus filhos através do lema “nada sobre nós sem nós”.
A epidemia do Zika e sua relação com o nascimento de crianças com microcefalia trouxeram grandes desafios para a saúde pública mundial. No Brasil vários esforços foram feitos para minimizar suas consequências mobilizando setores importantes da saúde, da ciência, da indústria farmacêutica e da economia familiar. Este artigo pretende discutir a economia política do Zika focando nas relações estabelecidas entre Estado e cidadão no que se refere aos cuidados e atendimentos. Enfoca o contexto de vulnerabilidade das famílias afetadas num processo de sobreposição de desigualdades sociais e econômicas, em que as mulheres, mães e cuidadoras, carregam o maior peso social da epidemia.
Este artigo analisa os impactos da COVID-19 na vida das mulheres e crianças atingidas pelo Zika. Embora a emergência em Zika tenha finalizado, estas mulheres precisam lidar com uma “eterna emergência” para garantir sua sobrevivência e dos filhos. A partir de relatos enviados pelas mulheres construímos um panorama sobre a situação destas e das crianças em tempos de COVID-19, aprofundando questões como a dificuldade em fazer isolamento; efeitos da suspensão das terapias de reabilitação nas crianças; e a morte de crianças. Destacamos ainda que a Antropologia contribui para entendermos que epidemias globais são vivenciadas distintamente por grupos específicos, como nas mulheres e seus filhos com Síndrome Congênita do Zika Vírus que foram expostos à ansiedade, angústia, incerteza, medo, empobrecimento, adoecimento e morte em duas epidemias em menos de cinco anos.
In Brazil, snakebites are a public health problem and accidents caused by Lachesis muta have the highest mortality index. Envenomation by L. muta is characterized by systemic (hypotension, bleeding and renal failure) and local effects (necrosis, pain and edema). The treatment to reverse the evolution of all the toxic effects is performed by injection of antivenom. However, such therapy does not effectively neutralize tissue damage or any other local effect, since in most cases victims delay seeking appropriate medical care. In this way, alternative therapies are in demand, and molecules from natural sources have been exhaustively tested. In this paper, we analyzed the inhibitory effect of a sulfated galactan obtained from the red seaweed Palisada flagellifera against some toxic activities of L. muta venom. Incubation of sulfated galactan with venom resulted in inhibition of hemolysis, coagulation, proteolysis, edema and hemorrhage. Neutralization of hemorrhage was also observed when the galactan was administered after or before the venom injection; thus mimicking a real in vivo situation. Moreover, the galactan blocked the edema caused by a phospholipase A2 isolated from the same venom. Therefore, the galactan from P. flagellifera may represent a promising tool to treat envenomation by L. muta as a coadjuvant for the conventional antivenom.
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