During the last couple of years it has been possible to witness the progressive commodification of Lisbon. The adoption of neoliberal strategies of urban development -oriented towards competitiveness and aimed at putting Lisbon at the forefront of the international metropolitan group -has contributed to the reshaping of its landscape. The organization of flagship events, privatization of public spaces and development of local policies oriented towards the promotion of creative industries, and the increasing relevance that various forms of tourism have assumed, illustrate well the path that has been followed. However, expressions of urban citizenship against this destructive trajectory have emerged, showing that the urban development of Lisbon is a contentious process and has to face multiple strategies of resistance. In this paper we look at three expressions of citizenship in Mouraria, a neighbourhood located in the historical centre of Lisbon, in which the tensions and contradictions between neoliberal urbanism and urban citizenship take place.
As artes e a cultura nas práticas hegemónicas e alternativas na cidade de Lisboa. O caso do Largo do IntendenteThe arts and culture in hegemonic and alternative practices in the city of Lisbon. ResumoA arte, a cultura e a criatividade são, atualmente, vendidas como um símbolo de status e passaram a fazer parte de narrativas e práticas hegemónicas relacionadas com processos de regeneração. Neste artigo, examinamos as contradições e as tensões entre a implementação de políticas públicas de regeneração urbana e a emergência de espaços alternativos culturais e artísticos, utilizando como estudo de caso o Largo do Intendente. Utilizando uma perspetiva crítica e métodos cruzados (entrevistas, observação e registo etnográfico), analisámos o papel das artes e da cultura no processo de gentrificação promovido pelas políticas públicas. Num momento de rápidas mudanças, onde os mesmos modelos são usados em diversas cidades por todo o mundo, importa continuar a acompanhar e a perceber o modo como na cidade de Lisboa estes processos se manifestam. AbstractArts, culture and creativity are currently sold as a symbol of status and have become part of hegemonic narratives and practices related to regeneration processes. In this article, we examine the contradictions and tensions between the implementation of urban regeneration public policies and the emergence of cultural and artistic alternative spaces, using as case study the Intendente Square. Using a critical perspective and cross methods (interviews, observation and ethnographic record), we analyzed the role of arts and culture in the gentrification process promoted by public policies. In a time of rapid change, where the same models are used in several cities around the world, it is important to follow and understand the way these processes manifest themselves in Lisbon.Os agentes do poder local têm utilizado a arte e a cultura como motores de regeneração urbana. Este não é um tópico novo e tem sido bastante explorado na literatura nacional e internacional. Apesar de este processo incutir uma nova dinâmica (económica, social e cultural) às cidades, tem, também, inerentes diversas consequências negativas que fomentam a promoção imobiliária
MONTANER, Josep Maria; MUXÍ, Zaida. Arquitectura y Política. Ensayos para mundos alternativos. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2011, 253 p.'Arquitectura y política. Ensayos para mundos alternativos' é um livro crítico sobre a forma como se pensa e produz a cidade. Os seus autores Josep Maria Montaner, arquitecto, escritor e professor catedrático da Escola Tècnica Superior d'Arquitectura de Barcelona, e Zaida Muxí, arquitecta e professora titular de Urbanismo na mesma escola, conseguem neste livro abordar a arquitectura e a política de forma critica e original, conseguindo relacionar as questões de género a toda a problemática em causa.Após o prólogo escrito por Jordi Borja, este livro, na sua versão castelhana, divide-se em cinco partes: História, Mundos, Metrópoles, Vulnerabilidades e Alternativas. Cada uma destas partes aborda questões tão diversas como as formas de poder, o sentido ético, o papel do arquitecto na luta de classes, a acção política a partir da arquitectura e as tradições alternativas de vida comunitária, as questões da globalização, das fronteiras e do mundo pós-Chernóbil, a Carta de Atenas, a cidade global e as cidades alternativas, como Curitiba, Bogotá e Medellín, o turismo e a tematização das cidades, os traumas urbanos, o neofeudalismo imobiliário, as cidades bairro de lata ou as geografias das pessoas sem abrigo, são outros dos pontos referidos. Para a parte final do livro os autores guardaram as abordagens alternativas do urbanismo. Aí, pode-se encontrar referências à cidade de proximidade e ao urbanismo sem género, às novas epistemologias para o urbanismo contemporâneo, à cultura institucional, à sociedade civil e a uma cultura crítica e alternativa, partindo da experiência e chegando ao activismo.Na capa de 'Arquitectura y política' pode-se encontrar um breve resumo do seu conteúdo: "Arquitectura e Política afronta uma questão chave da arquitectura contemporânea: a sua responsabilidade em relação à sociedade. Para este, a partir da compilação de textos agrupados em cinco capítulos -Histórias, Mundos, Metrópoles, Vulnerabilidades e Alternativas -a obra leva a cabo uma viagem histórica que narra o papel social dos arquitectos e dos urbanistas até ao actual período da globalização. A partir de temas como a vida comunitária, a participação, a igualdade de género e a sustentabilidade, este livro refere tanto as vulnerabilidades contemporâneas como aquelas alternativas já experimentadas, daí o seu subtítulo Ensaios para mundos alternativos".No contexto da Geografia e da Geografia do Género este livro pode ser um contributo importante, na medida em que perspectiva a história da cidade refletindo criticamente sobre a forma como é produzida. Montaner e Muxí problematizam a cidade olhando directamente para o seu desenho, que vai desde o espaço doméstico às grandes avenidas ou seja, que vai desde a esfera do privado até ao público. Relacionam o desenho às questões de poder, de controlo e de hierarquia. Escrevem (2011, p.32) que "para o correcto exercício da arquitectura, a consciência do poder...
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