OBJETIVO: verificar o desempenho de vocabulário de crianças institucionalizadas e comparar com o desempenho de crianças pertencentes à rede pública e particular de ensino. MÉTODOS: participaram deste estudo 16 crianças em situação de acolhimento institucional em abrigo, de ambos os gêneros, com idades entre 4 anos a 5 anos e 11 meses (grupo experimental). Para compor o grupo controle, participaram 32 crianças provenientes de escolas pública (n=16) e privada (n=16) pareadas por idade, totalizando 48 participantes. Para a verificação do desempenho de vocabulário foi utilizado o Teste de Vocabulário - ABFW que verifica a competência lexical da criança e os recursos de significação utilizados para nomear a palavra alvo. Foi realizada a análise estatística dos dados a fim de analisar diferenças entre os grupos pesquisados (Teste de Kruskal-Wallis). RESULTADOS: foi possível observar que as crianças institucionalizadas demonstraram desempenho inferior na prova de vocabulário em relação aos grupos controle, que não apresentaram grandes diferenças entre si. Cabe mencionar que todas as crianças demonstraram maior dificuldade nos campos conceituais "profissões" e "locais". CONCLUSÃO: crianças em situação de acolhimento institucional em abrigo possuem desempenho vocabulário abaixo do esperado para a idade e inferior ao desempenho de pré-escolares de escolas pública e privada que residem com suas famílias.
RESUMO Diante do crescente índice de adultos com Transtornos do Espectro Autista (TEA) que ingressam na universidade, este estudo buscou descrever a experiência acadêmica de seis estudantes, com esse diagnóstico, regularmente matriculados em uma universidade pública no estado de São Paulo. Foram realizadas entrevistas individuais que buscaram identificar tópicos relacionados ao ingresso na Graduação, permanência, acessibilidade, relacionamentos e sugestões de melhorias no contexto universitário. Pautado nos preceitos da Psicologia Histórico-cultural, utilizou-se da análise qualitativa dos relatos, em especial dos Núcleos de Significação, que se constituiu no estabelecimento inicial de pré-indicadores, seguido pela aglutinação desse conteúdo em indicadores, e a construção dos núcleos de significação. Como resultados, foram verificadas pobres experiências interacionais durante o Ensino Básico. Na universidade, as controvérsias entre o interesse pela Graduação e o despreparo do contexto universitário apareceram como fatores geradores de angústia e ansiedade associados às barreiras de permanência e à necessidade da conclusão do curso no prazo regulamentar. Identificou-se a necessidade de ajustes tanto no âmbito singular quanto no contexto social acadêmico, com destaque para a participação de estudantes com TEA, que ainda é pouco debatida e reconhecida, e para as adaptações ao meio, que recaem majoritariamente ao sujeito, na contramão dos preceitos da inclusão educacional.
RESUMO Objetivo Analisar elementos prosódicos de segmentos da fala de escolares com transtorno do espectro autista (TEA) e comparar com grupo controle, por meio de uma análise acústica. Método Foram realizadas gravações da fala de uma amostra de indivíduos com TEA (n=19) e com desenvolvimento típico (n=19) do gênero masculino, intervalo: 8-33 anos. Para coleta de dados, utilizou-se como roteiro o questionário de prosódia do ALiB (Atlas Linguístico Brasileiro), que contém frases interrogativas, afirmativas e imperativas. Os dados obtidos foram analisados por meio do software PRAAT e encaminhados para tratamento estatístico com o intuito de verificar possíveis diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos estudados em cada parâmetro prosódico avaliado (frequência fundamental, intensidade e duração) e suas respectivas variáveis. Resultados Verificou-se que houve diferenças significantes para as variáveis tessitura, amplitude melódica de vogal tônica, amplitude melódica de vogal pretônica, intensidade máxima, intensidade mínima, duração de vogal tônica, duração de vogal pretônica e duração de enunciado. Conclusão Indivíduos com TEA apresentam diferenças marcantes na prosódia em comparação aos com desenvolvimento típico. Ressalta-se, no entanto, a necessidade de mais estudos sobre a caracterização de aspectos prosódicos da fala de indivíduos com TEA com uma amostragem maior e faixa etária mais restrita.
Purpose: to assess the knowledge of teachers in elementary education about the communication of people with autism spectrum disorders at two different times, pre and post-intervention. Methods: it was a comparative and descriptive study, involving 160 teachers from municipal elementary school of both genders, aged between 23 and 65. To check the teachers' knowledge of communication in autism spectrum disorders, a specific questionnaire for this study was developed and applied. It was offered to teachers and administered at two different times, pre and post-intervention. The intervention procedure consisted of two meetings of four hours each, conducted by speech therapist and the delivery of a guidance manual on the autism spectrum disorders, emphasizing the aspects of communication and language. The responses pre-and post-intervention were analyzed and compared. The results were treated statistically (p <0.05 and in some cases p <0.01, the chi-square test for proportions was used). Results: it was observed that the teachers had a limited knowledge and inadequate communication about the autism spectrum disorders and on these clinical cases in general. In addition, there was significant increase of correct answers by the teachers after the intervention. Conclusion: there is a restricted teachers' knowledge of communication in autism spectrum disorders and positive effects after the intervention procedures, through the analysis of the pre and post-intervention phases, which showed a significant increase in appropriate responses on the autism spectrum disorders.
Este texto objetiva retratar a trajetória acadêmica e a percepção do suporte social de um estudante de pós-graduação diagnosticado com transtorno do espectro autista – TEA. O estudo se deu com o uso de dois procedimentos: (a) entrevista pessoal; (b) aplicação da Escala de Percepção do Suporte Social – EPSS, adaptada ao contexto universitário. Os dados coletados, por meio da entrevista, foram analisados com base no relato verbal, para interpretação dos sentidos e significados atribuídos a determinados fenômenos. A média dos escores obtidos com a EPSS foi de 1,78 (graduação) e 3,47 (pós-graduação) para o suporte prático e 1,50 (graduação) e 3,20 (pós-graduação) para o suporte emocional, demonstrando a percepção de maior apoio na pós-graduação. Os eixos temáticos obtidos com a entrevista foram ingresso na graduação e pós-graduação; núcleos de apoio; permanência; fatores socioemocionais; facilidades e dificuldades enfrentadas; aspectos positivos e negativos. Foi possível averiguar a falta de percepção do suporte social durante a graduação e dificuldades com métodos de ensino e avaliação. Na pós-graduação, maior percepção do suporte social e facilidade com habilidades acadêmicas. Porém, para alcançar esse nível de ensino, os estudantes, primeiramente, devem cursar a graduação, que é uma instância tida como problemática nessa pesquisa, por pouco atender às diferenças.
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