OBJETIVO Identificar e sintetizar o conhecimento científico produzido a respeito da efetividade do teste GeneXpert no diagnóstico da tuberculose (TB) pulmonar em pessoas vivendo com HIV/aids. MÉTODOS Revisão integrativa da literatura, cuja busca foi feita nas plataformas Embase, Scopus, PubMed, Cinahl, Academic Search Premier, Socindex e Lilacs, em dezembro de 2019. Os estudos levantados passaram por duas etapas de seleção: leitura dos títulos e resumos por dois revisores de forma independente, utilizando a plataforma Rayyan e leitura integral dos mesmos. Foram incluídos 19 estudos primários em inglês, português e espanhol que respondiam à pergunta norteadora do estudo: Qual é a efetividade do teste GeneXpert no diagnóstico da TB pulmonar em pessoas que vivem com HIV/aids? RESULTADOS A utilização do GeneXpert aumentou substancialmente a detecção de casos de TB entre a população coinfectada com HIV, com sensibilidade que variou de 68% a 100%, sendo superior à baciloscopia. A especificidade variou de 91,7% a 100%; o valor preditivo positivo, de 79,2% a 96,1%; e o valor preditivo negativo, de 84,6% a 99,3%, valores considerados semelhantes à baciloscopia pela maioria dos estudos. O teste também foi comparado com as diferentes formas de realização da cultura e outros testes moleculares, sendo considerado inferior apenas ao Xpert Ultra. CONCLUSÃO É possível afirmar que locais com alta incidência de HIV se beneficiariam com a implantação do teste GeneXpert, uma vez que sua efetividade no diagnóstico da TB pulmonar nessa população é expressiva quando comparada à baciloscopia, teste que foi por muito tempo amplamente utilizado para a detecção dos casos.
Introdução: Entre as pessoas que vivem com vírus da imunodeficiência humana/aids, a tuberculose se configura como uma doença oportunista com elevada morbimortalidade. Além disso, essas condições de saúde apresentam alta prevalência no sistema prisional, demandando estudos sobre as características inerentes a tal coinfecção no referido contexto. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de coinfecção por vírus da imunodeficiência humana/aids e tuberculose no sistema prisional do estado de São Paulo. Métodos: Estudo descritivo e exploratório, cujos dados foram coletados do Sistema de Notificação e Acompanhamento dos Casos de Tuberculose do estado de São Paulo, referentes aos anos de 2008 a 2017, a partir de variáveis sociodemográficas, clínicas, de tratamento e desfecho dos casos de tuberculose em detentos com a coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana/aids. Foram excluídos os casos cujos desfechos do tratamento estavam em branco. Os dados foram analisados por estatística descritiva a partir da distribuição de frequência absoluta e relativa. Resultados: No período selecionado, foram notificados 1.706 casos de coinfecção por vírus da imunodeficiência humana/aids e tuberculose entre detentos, dos quais 93,7% eram do sexo masculino, com idade média de 35,4 anos, 41,3% autodeclarados pretos ou pardos, 34,5% com quatro a sete anos de estudo, 60,5% casos novos, 85% possuíam a forma clínica pulmonar e apresentavam comorbidades, como drogadição (14,8%), tabagismo (8,7%), alcoolismo (7,9%), agravo mental (1,1%) e diabetes (0,9%). Destaca-se que 77,2% estavam sob tratamento diretamente observado. Quanto ao desfecho, 72,9% tiveram cura, 14,4% evoluíram para óbito, 10,8% abandonaram o tratamento para a tuberculose e 1,4% tiveram falência ou resistência medicamentosa. Conclusão: O perfil encontrado revela sua interrelação com os determinantes sociais da saúde e indica necessidade de uma estratificação de risco para a identificação de vulnerabilidades, visando à integralidade do cuidado e, sobretudo, um desfecho satisfatório dos casos.
Conflitos de interesse: os autores declaram que não há conflitos de interesse. ResumoObjetivo: Analisar o perfil epidemiológico e os fatores associados ao óbito por tuberculose e HIV/aids no sistema prisional.Métodos: Revisão integrativa, realizada em julho de 2020, cuja pergunta de estudo e palavras-chave foram delineadas por meio da estratégia PEO. As buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, Scopus, ASP, SocINDEX, Embase e LILACS. A seleção de estudos e a extração dos dados foram feitas por dois revisores independentes. A avaliação da qualidade metodológica dos artigos incluídos na revisão foi conduzida com a utilização de instrumentos específicos propostos pelo Joanna Briggs Institute.Resultados: Foram recuperados 1.329 estudos, dos quais quatro foram incluídos na revisão. O perfil epidemiológico e os fatores associados ao óbito por tuberculose no sistema prisional contemplaram as seguintes variáveis: idade ≥ 43 anos, analfabetos ou baixa escolaridade, concomitância de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, não realização de tratamento diretamente observado e histórico de abuso de álcool. Quanto ao óbito por HIV e aids, destacaram-se o sexo masculino, média de idade de 34 anos, solteiros, raça/cor preta e hispânica, uso de drogas e aprisionamento prolongado, infecção avançada e início recente de terapia antirretroviral.Conclusão: O perfil epidemiológico e os fatores associados ao óbito pela tuberculose e pelo HIV/aids no sistema prisional mostram a necessidade de uma estratificação de risco com abordagem continuada e integral da assistência prestada à população afetada por tais condições de saúde.
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