O rápido avanço tecnológico e cultural da humanidade tem resultado em sérios impactos ambientais, demandando novos paradigmas norteadores da sua relação com a natureza, principalmente, com os animais mantidos cativos por funções justificadas e para as quais não haja alternativas. Dessa forma, questionou-se como o termo bem-estar-animal tem sido disseminado nas mídias digitais, bem como a sua concepção por estudantes do ensino básico. Para tal, além da categorização do conteúdo divulgado em diferentes veículos da internet, foi realizada uma ação com estudantes do ensino fundamental e médio de escolas da rede pública e privada, envolvendo construção coletiva de conceitos, projeção de documentário e produção de material artístico e literário. Os resultados revelaram que a disseminação da terminologia bem-estar-animal ainda está associada a uma visão antropocêntrica e utilitarista, cuja maior ou menor valoração vinculase à representatividade e funcionalidade de determinados animais. A concepção dos estudantes refletiu o senso comum revelando a necessidade de apropriação do acesso às fontes de informação pela educação a fim de habilitá-los para apreender e processar o conteúdo. Assim, discute-se a importância de se pesquisar, aplicar e validar metodologias que associem a educação à bioética ambiental. Através da aplicação dessa ferramenta inovadora, busca-se promover a educação moral por meio da condução do estudante à compreensão da importância de saber ouvir, sem julgamentos, os argumentos dos todos os atores envolvidos em questões complexas. Desta maneira, podem ser pautadas em valores éticos globais e, por meio de atitudes reflexivas, críticas e responsáveis, ele possa desenvolver autonomia e espírito cooperativo para encontrar soluções consensuais e justas para as sociedades, para os animais, para a natureza, desta e de futuras gerações.Palavras-chave: Bioética ambiental; biofilia; educação ambiental; educação moral; interação homem/natureza.The fast technological and cultural advancement of humanity has resulted in serious environmental impacts, demanding new paradigms that guide their relationship with the nature, mainly with animals kept in captivity in order to perform justified functions and for which there are no alternatives. Thus, we questioned the animal-welfare terminology that has been disseminated in digital media, as well how students from
RESUMO: A progressiva intolerância ao uso de animais como recurso didático conduziu à substituição de demonstrações invasivas, sendo questionada no ensino da zoologia, constituinte da formação de professores de ciências e biologia. Tendo como hipótese a incipiência da temática no meio científico e diferenças no cenário nacional e internacional, objetivou-se mapear a concepção do uso de métodos alternativos no contexto acadêmico e pedagógico. A análise quanti e qualitativa de 600 conteúdos atestou, no panorama internacional, a substituição animal relacionada principalmente à pesquisa biomédica. Nacionalmente, destacou-se no ensino, prioritariamente, alternativas ao uso de cães em aulas de técnica cirúrgica para o curso de Medicina Veterinária, sendo ainda escasso nos cursos de zoologia. Concomitantemente, a análise de 289 planos de aula de Zoologia evidenciou que as alternativas estão incorporadas, sendo mais pronunciadas para animais invertebrados, subsidiando a almejada transposição do pensamento tecnicista e utilitário de professores, alunos e sociedade.
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