As discussões sobre a formação do Fisioterapeuta na sociedade contemporânea passam pela reformulação histórica das funções dos profissionais da área e demandam um olhar cuidadoso sobre o Estágio, enquanto componente curricular que proporciona aos estudantes em formação a aproximação com os contextos de vivência concreta da profissão. Compreendendo o trabalho do Fisioterapeuta para além das técnicas, e reconhecendo-o como práxis, registra-se a necessidade de um movimento constante de reflexão sobre a prática por parte dos profissionais responsáveis pela supervisão dos Estágios Curriculares, de forma que estes não se reduzam apenas à aplicação de técnicas, à observação e ao preenchimento de instrumentais. Os saberes da docência, necessários à prática educativa, têm sua origem a partir dos saberes da experiência. Nesse sentido, reconhece-se a história da formação do professor de Fisioterapia como importante referência para a construção de sua identidade como docente desta área. Assim, o objetivo deste estudo é investigar como as experiências vivenciadas pelos professores de estágio, desde a sua formação inicial, interferem na forma como planejam, executam e avaliam as propostas pedagógicas de Estágio no curso de Fisioterapia. Para tanto, realizou-se a revisão de literatura relativa a Estágio Curricular Supervisionado, articulada à aplicação de um questionário semiestruturado junto a quatro professoras de uma Instituição Privada de Ensino Superior do Estado do Ceará. Os resultados apontam para os saberes da experiência como elementos de grande importância na construção de propostas de Estágio mais próximas dos desafios da profissão e da formação profissional.
A presente pesquisa parte da discussão acerca dos processos formativos desenvolvidos nos diferentes níveis de ensino, que atualmente vem sendo perpassada por questões que se fazem presentes no contexto sociopolítico, econômico e cultural mais abrangente, demandando das Instituições e dos diferentes sujeitos que nelas trabalham posturas e práticas que façam frente aos desafios postos pela contemporaneidade, traduzidas geralmente como inovação curricular. No entanto, tais inovações são questionáveis, por se sustentarem em fundamentos e princípios conservadores que, por mais que se mostrem modernos, mantém preservados perspectivas e horizontes de formação. Dentro deste contexto surgiu a indagação que norteou esta pesquisa: o que é inovação curricular e quais os fundamentos e concepções que a sustentam? Considerando que esta discussão não nasce na atualidade, propôs-se metodologicamente uma revisão de literatura acerca desta temática, buscando evidenciar a polissemia existente na concepção de inovação ao longo da história da educação brasileira, apresentando contribuições para reflexões sobre a prática docente universitária. Os resultados apontam que a leitura crítica das diferentes reflexões trazidas pelos autores nos permite compreender que a inovação não se dá pela aparência de modernidade que determinada ação apresente, pelos recursos utilizados pelas instituições ou pelos educadores. A inovação precisa estar ancorada em reflexões e fundamentos que apontem os nortes político pedagógicos da ação docente e seus reflexos no processo formativo dos alunos.
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