Resumo:Este trabalho visa comprovar a existência de mercado para a carne ovina em cidades médias próximas a Presidente Prudente (mercado regional) e a percepção desses consumidores sobre os produtos que adquirem. Foram entrevistados 3.249 pessoas em oito cidades médias próximas utilizando-se formulários implementados em dispositivos portáteis. Investigou-se a frequência de consumo (atual e potencial) e opiniões sobre as características da carne ovina, e preferências de aquisição e consumo. Parte dos dados obtidos, referentes aos consumidores de carne ovina, foi tabulada e submetida a testes de validação e consistência interna; técnicas de estatística descritiva e multivariada. Do total de pessoas entrevistadas, 38,5% foram considerados consumidores de fato. O estudo comprovou que existe grande demanda de carne ovina nos municípios analisados em consumo domiciliar mensal, preferencialmente, na forma assada (68,5% na brasa e 18,8% no forno). A aquisição de produtos sem garantias oficiais de inspeção continua elevada, sendo que os supermercados apresentaram os piores níveis de satisfação em relação ao preço praticado (ao contrário da compra direta do produtor), mas, mesmo assim, este canal de comercialização de varejo é reconhecido como fornecedor de produtos seguros do ponto de vista higiênico-sanitário. Palavras IntroduçãoA cadeia produtiva da ovinocultura de corte pode ser considerada em transição de uma atividade modernizada, dependente do fornecimento de insumos, mas sem estabelecer vínculos específicos "antes e depois da porteira", para um complexo agroindustrial incompleto em que há alguma vinculação com a agroindústria de beneficiamento e/ou processamento (frigoríficos), conforme descrito por Farina e Zylbersztain (1991). Seguindo os pressupostos determinados pelos autores, a ovinocultura de corte poderia ser classificada quanto ao seu grau de maturidade como Cadeia do Tipo 3, pois não se percebe de maneira clara a demanda do consumidor, tratando-se da tipologia de cadeia produtiva menos estruturada.Barreto Neto (2010) já apontava que a carne ovina estava conquistando consumidores dos centros urbanos e na região Sudeste, algo também observado por Ramos et al. (2014). Para os primeiros autores, o fato de o produto passar a ser ofertado em mercados mais dinâmicos evidenciaria oportunidades que precisariam ser melhor compreendidas e exploradas para que esta atividade pudesse atingir todo o seu potencial.Para Decker et al. (2016), o aproveitamento dessas oportunidades pressupõe o delineamento de estratégias competitivas eficazes pelos agentes da cadeia produtiva, especialmente no que se refere à redução de custos de produção e oferta de produtos requisitados pelos consumidores. Os níveis de carne ovina demandados pelo mercado consumidor acima da oferta desses produtos determinaram a necessidade de importações (VIANA et al., 2015) que, segundo Barchet e Freitas (2012), constituem-se em ferramenta para equilibrar o mercado e possibilitar a oferta de carne com preço mais acessível.No entanto, o principal desafi...
This paper explored the mix market characteristics of sheep meat as a product for sale in different cities in the states of São Paulo and Paraná. For this, 81 products were purchased in 21 outlets sampled in a "non-probabilistic" manner for convenience and then subjected to analysis of yield of meat, bone, and fat. Imported products represented 20% of the total, being marketed in hypermarkets. It was observed that 37% of the total products were obtained in hypermarkets, 31% in supermarkets, 23% in butcher shops, and 8.6% in meat outlets. Almost 9% of the products had not undergone the official slaughter inspection system. The main types of products identified were palettes and legs with bones (33.3 and 24.7%, respectively); however, only 25% were satisfactorily displayed to consumers. The yields obtained in meat and deboned portions were 74% and 59% of the total weight, significantly affecting the average adjusted sales prices of the products, respectively
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