Objetivou-se investigar o que alunos da etapa final da educação básica sabem sobre transgênicos e quais suas opiniões sobre as aplicações e implicações desta biotecnologia. A investigação foi realizada por meio de questionários aplicados a cem alunos do 3º ano do Ensino Médio de três escolas estaduais da região Noroeste do Paraná. Para analisar quanti e qualitativamente os dados, foram agrupadas as respostas que expressam o entendimento dos alunos sobre a questão. A análise indicou que todos os alunos já haviam ouvido falar sobre transgênicos, seja por meio de notícias divulgadas pela mídia ou situações de ensino. Observou-se que a mídia exerceu grande influência no modo como os alunos responderam às questões, em especial em suas opiniões sobre as vantagens e desvantagens dos transgênicos. Este estudo revela que o modo como o ensino é organizado e desenvolvido muitas vezes pouco contribui para que o aluno desenvolva uma compreensão que se difere daquela adquirida em situações não escolares.
Este artigo investigou por meio da ferramenta Padlet, as concepções de ambiente e EA de professores participantes de um processo de formação continuada em EA e Educomunicação. A pesquisa é de cunho qualitativo e utilizou como instrumento de coleta dos dados um mural interativo no recurso Padlet e gravações em áudio. Para análise das concepções utilizamos três concepções de ambiente (natureza, recurso e objeto de transformação/Local de emancipação), bem como as principais macrotendências político-pedagógicas de EA (conservacionista, pragmática e crítica). O Padlet se mostrou como uma ferramenta eficaz na investigação das concepções e possibilitou uma reflexão oportuna a formação crítica dos professores em EA.
A sala de aula invertida consiste de um arranjo didático no qual os estudantes têm contato prévio com os conteúdos e dedicam o tempo em classe para tarefas de operacionalização e aplicação dos conhecimentos. Por meio de materiais produzidos e/ou disponibilizados antecipadamente pelos professores, quase sempre com mediação de tecnologias digitais, abrevia-se a tradicional aula expositiva e focaliza-se o encontro presencial em metodologias de aprendizagem ativa. O número de experiências e pesquisas sobre a sala de aula invertida vêm crescendo, mas a precedência e a extrapolação dos resultados positivos tornam questionável a rápida acolhida acadêmica e midiática do modelo. Derivado de uma ampla revisão bibliográfica, este ensaio busca compilar e repercutir visões teóricas e resultados empíricos críticos à sala de aula invertida. São apresentadas sete teses que ilustram a necessidade de atenção, aprofundamento e parcimônia quando da adoção e defesa dessa estratégia por pesquisadores, professores e instituições de ensino.
Sob premissas de centralização do processo ensino-aprendizagem no estudante e do rompimento com a tradição expositiva, a sala de aula invertida (SAI) se apresenta como uma tendência educacional no ensino superior. Nesse modelo didático, os alunos estudam antecipadamente os conteúdos, a partir de materiais preparados e encaminhados pelo professor, e destinam o tempo em sala para a operacionalização do conhecimento por meio de metodologias ativas. Os resultados das pesquisas com estudantes estrangeiros são significativos e vêm tendo forte repercussão acadêmica, particularmente nas ciências exatas. No entanto, permanecem insuficientes as evidências colhidas com professores e em contextos peculiares, como o das universidades públicas no Brasil. Este artigo relata duas experiências com a SAI, no primeiro semestre de 2017, nas disciplinas Geometria Analítica e Física Introdutória de um curso de Licenciatura em Ciências Exatas. Com intenção vicária e exemplar, os docentes responsáveis compartilham sua familiaridade com a proposta, descrevem suas opções metodológicas, e apresentam evidências da prática que sugerem potencialidades e desafios para a adoção e a implementação da SAI.
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