Apresenta-se, neste artigo, o quadro histórico da institucionalização das ciências no Brasil, procurando identificar, em diferentes períodos, a articulação (ou falta de articulação) dos quatro componentes fundamentais para que ocorra a institucionalização de qualquer área do conhecimento, a saber: ensino, pesquisa, divulgação e aplicação do conhecimento.
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Analisa as propostas classificadas como vitalistas, formuladas na França no século XVIII. Contextualiza a tradição da escola médica de Montpellier, abordando as concepções fisiológico-médicas de Théophile de Bordeu. Nesse ambiente Paul-Joseph Barthez realizou sua formação original. Sua concepção sobre a autonomia da vida também foi influenciada pela interação com círculos dos enciclopedistas de Paris. No entanto, na formulação desse conceito identificam-se igualmente ruptura e permanência com relação a ambas as linhas de pensamento - a respeito do conceito de ser humano na classificação das ciências prescrita pela Encyclopédie e na tradição típica de Montpellier.
Recebido em 12/11/09; aceito em 26/2/10; publicado na web em 21/5/10 "NEW" WORLD SUBSTITUTES FOR ANCIENT RARE PLANTS: A STUDY CASE ON BALSAMS. Convinced that the "true balsam" was lost forever, Conrad Gesner described other substances with similar healing virtues. However, he was not the only one in the 16 th to search for other varieties of balsamic oleoresins. The arrival of the Europeans to the Americas allowed the finding of native plants with properties similar to those of the original balsam, including Balsam of Peru, Balsam of Tolu and particularly in the Brazilian area, Balsam of Copaiba. Focusing on the Brazilian context, this paper analyzes two different moments in the transit of the newly found varieties of balsams to the pharmacopeia and materia medica.Keywords: History of Chemistry; balsams; Brazil. INTRODUÇÃO: A ORIGEM DE UM MITOComo muitas outras Simpliceae, os bálsamos tiveram grandes problemas de identificação e classificação desde tempos antigos. Nesse caso particular um dos focos de tais problemas parece ter sido a criação de um "mito de origem". Na enorme e variada literatura sobre essa classe de substâncias persistiria, até o século XVIII, o mito de um bálsamo "original", o único verdadeiro e insuperável, chamado pelos antigos de Bálsamo do Egito ou da Judeia. 1Para um farmacólogo moderno, pode parecer incrível que essa substância, semelhante em composição e propriedades a outros bálsa-mos, tenha causado tanta comoção por milênios. No entanto, há razões que explicam o nascimento desse mito que, uma vez estabelecido, chegou até a modernidade virtualmente por inércia.Antes de tudo, é preciso lembrar que essa substância já era rara na Antiguidade, assim como rara e difícil de cultivar sempre foi a planta de que provinha. Acrescente-se a isso o fato de sua fragrância e poder de cura inigualáveis serem conhecidos desde tempos antiquíssimos, encontrando-se mencionados no texto bíblico (Gênese 37:25; Jeremias 52:16). Finalmente, recordemos que, provavelmente, esse óleo fragrante teria sido o primeiro a receber o nome de "bálsamo", uma possível epêntese do termo hebraico equivalente a "principal" ou "senhor" dos óleos, apenas mais tarde atribuído a substâncias similares.Assim, é fácil entender que esses elementos gerassem lendas, contadas e ampliadas por autores respeitados, como Plínio, Flávio Josefo e Galeno, chegando como fontes fidedignas até o início dos tempos modernos.2 Do outro lado, a escassez efetiva desse bálsamo foi motivo de muita cobiça, fraudes e uma busca intensa por substitutos. Desde Dioscórides (século I EC) até pelo menos Andrés Laguna (século XVI), dezenas de autores alertaram sobre as constantes falsificações desse bálsamo, mas também ofereciam possíveis substitutos -certamente, sempre considerados inferiores. 3Por outro lado, os autores árabes medievais se distinguiram por sua minuciosa diferenciação entre esse bálsamo e os demais, seguramente por conhecerem de perto a planta de que era extraído. A pequena árvore que hoje chamamos de Commiphora gileadense (L.) C. Chr. (ou C. o...
The Jabirian Corpus refers to the K. Thahirat Al-'Iskandar, "The Book of the Treasure of Alexander" (hereafter BTA), as one of several forgeries suggesting that alchemical secrets were hidden in inscriptions in various places. The book was neglected until 1926, when Julius Ruska discussed it in his work on the Emerald Tablet, placing the BTA within the literature related to the development of Arabic alchemy. His preliminary study became an essential reference and encouraged many scholars to work on the BTA in the following decades. Some years ago, we completed the first translation of the BTA into a Western language. The work was based on the acephalous Escorial manuscript, which we identified as a fourteenth-century copy of the BTA. This manuscript is peculiar, as part of it is encoded. After finishing our translation, we started to establish the text of the BTA. At present, the text is in process of fixation--to be followed by textual criticism--and has been the main focus of a thorough study of ours on medieval hermeticism and alchemy. A sample of the work currently in progress is presented in this paper: an analysis of the variations between different manuscripts along with a study and English translation of its alchemical chapter.
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