RESUMO: Objetivo: Analisar os fatores associados ao acesso precário aos serviços de saúde pela população brasileira de 19 anos ou mais. Métodos: Trata-se de estudo transversal, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013, obtidos de uma amostragem complexa. O desfecho acesso precário foi definido como não ter conseguido atendimento na última vez que procurou e não ter tentado novo atendimento por falta de acessibilidade. Foi analisada a prevalência do acesso precário e sua associação com fatores socioeconômicos e de saúde, por meio do cálculo da razão de prevalências (RP) com intervalos de confiança de 95%. Aplicou-se, ainda, o modelo multivariado pela regressão de Poisson, com teste de Wald para estimação robusta. Resultados: Das 60.202 respostas válidas, 12.435 indivíduos enquadraram-se nos critérios do acesso precário. A prevalência do acesso precário foi de 18,1% (IC95% 16,8 - 19,4) e associou-se com os seguintes fatores: ter cor da pele preta/parda (RP = 1,2; IC95% 1,0 - 1,4); residir na região Norte (RP = 1,5; 1,3 - 1,9) e Nordeste (RP = 1,4; 1,2 - 1,6) em relação à região Sudeste; viver na zona rural (RP = 1,2; 1,1 - 1,4); ser fumante (RP = 1,2; 1,0 - 1,4); ter autoavaliação de saúde ruim/muito ruim (RP = 1,3; 1,1 - 1,6); não ter plano de saúde privado (RP = 2,3; 1,7 - 2,9). Conclusão: O acesso aos serviços de saúde ainda é precário para uma parcela considerável da população brasileira, com destaque para a população mais vulnerável.
Introdução: O aumento da expectativa de vida é de suma importância no contexto social e também um dos nossos grandes desafios; De modo que se tornam fundamentais estudos que priorizem a avaliação da atenção à população idosa. Objetivo: Avaliar, a partir da percepção dos usuários idosos, a qualidade da assistência da equipe profissional na Atenção Primária à Saúde a pessoa idosa. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa realizada na cidade de Santa Cruz, estado Rio Grande do Norte, Brasil, utilizando-se uma amostra de 130 idosos. Resultados: No que se refere à qualidade do atendimento na APS, podemos observar que 48,5% dos usuários afirmou ser bom, uma vez que 26,2% verbalizaram que raramente havia rotatividade profissional. Em relação à educação em saúde, observou-se que 82,3% nunca receberam orientações sobre prevenção do câncer e controle de quedas e 41,5% algumas vezes recebiam sobre importância de realização de atividade física. No que diz respeito à necessidade de encaminhamento dos pacientes a outros serviços observou-se que 50,0% algumas vezes foram encaminhados e 29,2% dizem algumas vezes terem sido contra referenciado. Conclusão: A atuação dos profissionais da APS foi adequada oque confere boa qualidade aos serviços, as fragilidades ainda existentes oferecem subsídios para que estes possam ser estimulados a elaborar novas estratégias para melhorias à saúde do idoso.
Introdução: A coordenação do cuidado trata-se de um atributo essencial dos serviços que tem por finalidade, organizar os atendimentos aos usuários, possibilitar acesso livre as informações e garantir resolutividade da assistência em saúde. Objetivo: Avaliar a presença e extensão do atributo coordenação do cuidado em serviços de Puericultura. Métodos: Trata-se de um estudo avaliativo, quantitativo, de caráter descritivo, com amostra composta por 186 pais/responsáveis de crianças de 0 à 2 anos de idade que utilizam os serviços da Atenção Primária à Saúde, utilizando um questionário validado no Brasil denominado PCA Tools, versão para crianças. Resultados: No que se refere à integração de cuidados esta se apresentou com resolutividade de queixas de 89,2%, uma vez que apenas 10,8% foram consultados por especialistas, porém na ótica dos usuários, 7,5% afirmam ainda que os profissionais se mostraram interessados na qualidade do cuidado prestada no serviço especializado. Já no que se refere ao sistema de informações, 99,5% afirmaram disponibilidade dos registros e boletins de atendimentos durante a consulta. Conclusão: O estudo permitiu identificar potencialidades e avanços em relação ao atributo estudado, as fragilidades ainda existentes ajudam na reflexão e motivação dos profissionais em conseguir uma totalidade na assistência ao cuidado infantil.AVALIAÇÃO DO ATRIBUTO COORDENAÇÃO DO CUIDADO EM SERVIÇOS DE PUERICULTURA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Introdução: Considerada um indicador da condição de vida e saúde da população, a mortalidade neonatal, responsável por 60% a 70% dos óbitos infantis nas últimas décadas ocorrem principalmente até o 6º dia de vida. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da mortalidade neonatal no estado do Rio Grande do Norte numa série histórica de 2005 a 2014. Métodos: Estudo de série temporal e descritiva, com abordagem quantitativa baseado em dados secundários extraídos dos arquivos da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte na 5ª Unidade Regional de Saúde Pública, sendo alguns dados complementares obtidos através do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Os resultados demonstraram queda de 168 óbitos neonatais quando se compara o primeiro e o último ano avaliados. A média do coeficiente de mortalidade neonatal precoce e tardia diminuiu de 8,85 para 8,22, porém, ainda observa-se que neonatos do sexo masculino e de baixo peso tiveram aumento considerado chegando a 74,30% no último ano. Foram analisadas variáveis maternas e obstétricas onde se constatou que o número de óbitos neonatais de nascidos via cesariana veio crescendo principalmente entre mulheres mais jovens e de baixa instrução. Conclusão: Faz-se necessário um melhor acompanhamento e atenção dos gestores e serviços de saúde do Rio Grande do Norte, considerando os agravos epidemiológicos, bem como os outros fatores sociodemográficos inerentes ao processo saúde-doença dessa população, com vistas a promover uma redução significativa da mortalidade neonatal.
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