Racional: Clostridioides difficile é uma bactéria anaeróbia Gram-positiva, produtora de toxinas, causadora da colite-associada a antibióticos. Constitui uma das infecções nosocomiais mais frequentes, dotada de significativa morbimortalidade. Caracteriza-se por um espectro de manifestações que vão desde o portador assintomático até a infecção severa e fulminante. A antibioticoterapia é a primeira linha de tratamento, entretanto a recorrência da infecção ocorre em até 20% a 30% dos pacientes. O transplante de microbiota fecal tem demonstrado em trabalhos uma eficácia de 87% a 91%. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa das diferentes formas de transplante de microbiota fecal e seus resultados. Métodos: Revisão integrativa da literatura, com 12 ensaios clínicos controlados randomizados selecionados entre 333 artigos encontrados nas bases PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores “Fecal Microbiota Transplantation AND Pseudomembranous Colitis OR Clostridium difficile”, entre 2017 e 2022. Resultados: Comparam vias de administração, efeitos terapêuticos, alterações na microbiota dos receptores, riscos e efeitos adversos. Conclusão: O transplante de microbiota fecal surge como uma nova e promissora proposta terapêutica na infecção recorrente por C. difficile. Mais estudos são necessários para estabelecer a sua eficácia como terapêutica única ou adjuvante, composição ideal das cepas e protocolos de uso nos diferentes espectros de gravidade dessa infecção.
Objetivo: Reconhecer o nível de conhecimento dos estudantes de medicina sobre transplantes de órgãos e tecidos. Metodologia: Foram envolvidos 207 estudantes de medicina da Universidade de Vassouras, estado do Rio de Janeiro, com dados coletados entre 2021 e 2022, através de questionário online e anônimo com 26 perguntas sobre o perfil epidemiológico e de doador de órgãos, o processo e o gerenciamento dos transplantes. Os resultados foram disponibilizados descritivamente, e a relação entre as variáveis avaliada pelo teste qui-quadrado de associação. O estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o parecer de número 4.686.474. Resultados: 86,9% dos estudantes eram doadores convictos, sendo que 70,4% desses já haviam comunicado suas famílias sobre a decisão. 11,2% dos estudantes ainda não haviam tomado uma decisão, enquanto 1,9% decidiram não doar. A amostra apresentou média de acertos global de 46,0% no questionário, com maior taxa em relação à definição de morte encefálica. Foi observada diferença estatística na associação entre o percentual de acertos e o período do curso, mas não entre os acertos e as variáveis sexo e idade. Conclusão: O estudo revelou um nível insatisfatório de conhecimento entre os estudantes de medicina em relação ao transplante de órgãos e tecidos, com menos da metade das perguntas respondidas corretamente, tornando necessárias a ampliação do ensino desse conteúdo e a promoção de palestras, treinamentos e campanhas nas universidades, para que os profissionais estejam habilitados a identificar potenciais doadores de órgãos no ambiente hospitalar. São necessários mais estudos sobre o tema e avaliar se os achados são similares em outras universidades brasileiras.
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