Um dia alcançamos nossa meta-e referimo-nos com orgulho às longas viagens que para isso empreendemos. Na verdade, não percebemos que viajamos. Mas fomos tão longe por acreditar que em todo lugar nos encontrávamos em casa. ("Sempre em casa", Friedrich Wilhelm Nietzsche, 1882) Esta tese foi minha grande "viagem" e devo dizer que, a despeito das dificuldades, eu me diverti muito ao fazê-la. Orientei-me por um roteiro que meu "agente de viagens" ajustou e reajustou, em inúmeras ocasiões. Ocorre que, como acontece com quase todo viajante, não segui o roteiro à risca e, nas vezes em que não o fiz, cheguei mesmo a me perder. Meu orientador, na maior parte o tempo, foi bem mais que um consultor à distância (Por minha culpa! Ele mesmo nem imaginava que eu ficaria tão longe, não por vontade, mas por conta das muitas surpresas-às vezes agradáveis, outras não-que a vida insiste em nos preparar...). Foi amigo diligente que riu das minhas trapalhadas, chamou-me algumas vezes à razão e recomendou-me alternativas de caminho, indicando outros lugares a visitar (e eu, muitas vezes, demorei a entender os seus sinais, por mais claros que fossem). Ao fim e ao cabo, adorei fazer a viagem, que classifico como uma grande experiência. Sofri horrores, aprendi um bom tanto, roubei tempo que deveria ser dedicado aos meus familiares para ficar sozinha debruçada sobre um monte de papéis, descuidei-me dos meus amigos (de vida, de trabalho e de alma), perdi muitas horas de sono e, nos dias claros, também horas de sol. Investi absurdamente em livros (e li, li, li...), participei de eventos científicos, no Brasil e no exterior, nos quais conheci pessoas que pensam nos mesmos problemas de pesquisa que eu e também em outros, que são diferentes e que são igualmente interessantes, com as quais travei diálogos instigantes, que muito me fizeram pensar. Agora acabou. Ou, por ora, acabou. Cheguei onde me dispus a chegar e os resultados deste trabalho de pesquisa estão à disposição, de mim mesma e de todos. Se poderia ou não continuar e ir além, bem, é como disse Eco (2002, p. 169), a tese pode ser como um jogo e, neste caso, o negócio é "encontrar a solução em um número finito de lances". Nesse caminhar, contei com o apoio de algumas pessoas e instituições. Às instituições, agradeço primeiramente à Universidade de São Paulo (USP), em especial ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e à Comissão de Cooperação Internacional (CCInt), que me acolheram e apoiaram, inclusive viabilizando financeiramente a minha participação em vários eventos, nacionais e internacionais, no decorrer do programa de doutorado. Agradeço também à Universidade Federal Fluminense (UFF), representada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (PROPPI), que apoiou meu desenvolvimento acadêmico, através do programa de incentivo à qualificação, desde o momento imediato de minha chegada à universidade, em junho de 2008. Meu agradecimento especial à Carminha e à Marineusa, por atenderem sempre com um so...
Com o objetivo de reunir pesquisadores ao redor de um tema que vem despertando interesse cada vez maior -a relação entre a comida, a bebida e a hospitalidade -, as temáticas se deram pelas vertentes sociais e antropológicas de sua materialidade, espacialidade e práticas. Com estrutura enxuta e um tema bastante amplo e complexo, o seminário foi estruturado em quatro seções, das quais participaram onze pesquisadores convidados. A essas seções juntaram-se as falas de abertura e encerramento do evento, orientadas por Lugosi.Os debates, muito ricos, colaboraram para o fortalecimento de uma rede mundial de interessados no tema, em que pese a franca maioria dos participantes ser britânica ou estar vinculada a universidades britânicas. A interação durante o encontro deixou claro que há, atualmente, um grupo considerável de pesquisadores que vem se apropriando do tema da hospitalidade como objeto de seus estudos, e que se aproximam para realizar trabalhos conjuntos.Os pesquisadores, vindos de diferentes campos do conhecimento, têm em comum a iniciativa de incorporar, em seus estudos, um referencial teórico construído a partir de estudos
O presente artigo fala sobre processos sociais de apropriação de espaços públicos urbanos para novos usos. Para tanto, analisa o conjunto de instrumentos legais que fundamentam a ocupação parcial e gradual do Minhocão para uso como espaço de lazer, investigando ainda a opinião dos usuários sobre este processo. Foram realizadas pesquisas bibliográfica e de campo, ambos de caráter qualitativo e analítico, suportadas por fundamentos conceituais sobre os temas de espaços urbanos, parques urbanos e direito à cidade. Os resultados reforçam a hipótese de que o aparato legal favorece o processo, à medida que garante a efetivação de direitos democráticos, promove a ocupação diversificada do território e fortalece a função social da cidade. Destaca-se a importância deste estudo, para o entendimento do lazer na cidade e do turismo na formação do espaço, como símbolo da promoção de novas experiências.
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