A medicação é essencial quando utilizada de maneira correta para o tratamento de doenças, mas, quando a prática de consumir a medicação por conta própria para alívio de sinais e sintomas, sem orientações/informações adequadas, está ação é chamada de automedicação. O autoconsumo de medicamentos pode provocar efeitos adversos desde intoxicação até problemas mais graves que podem até levar à morte. Por esse motivo, esta pesquisa tem como objetivo investigar o comportamento de autoconsumo de medicamentos entre estudantes do curso de odontologia da Universidade Brasil. Este estudo abrangeu 385 acadêmicos, que responderam a um questionário de 20 perguntas gerado pelo Formulários Google. As questões versavam sobre o perfil da automedicação, onde 285 estudantes eram do sexo feminino, 173 alunos de 18 a 20 anos, 127 estavam no 3º semestre, 337 sem formação anterior e 214 solteiros. Desses alunos, 47% responderam que já haviam praticado a automedicação, em sua maioria (82,1%) por sentirem que não havia necessidade de procurar ajuda médica, 95,8% acreditavam que o hábito poderia trazer riscos à saúde. Dos medicamentos, 292 (75,8%) eram analgésicos e a principal causa foi cefaleia com 358 (93%) das respostas. 76,1% dos acadêmicos afirmaram que não praticam automedicação para dor de dente, os que praticam utilizavam dipirona em 81,9%, 79,8% disseram que resolvia a dor e 71,2% precisaram procurar ajuda profissional. Com isso, percebe-se muitos alunos que negligenciam a própria saúde e o conhecimento sobre os riscos, uma vez que o perigo da prática pode ser imperceptível, tão logo seja no longo prazo.