Analisa a produção da literatura médica de aconselhamento para as mães com o objetivo de ensiná-las a criar seus filhos. Tratando de assuntos como alimentação, vestuário, higiene e comportamento, os médicos puericultores acreditavam que somente o amor não era suficiente para uma boa formação e educação dos filhos. Como portadores da verdade científica e da técnica, os médicos procuraram ensinar as mães a seguirem os princípios da puericultura, contribuindo sobremaneira para a constituição da mãe-enfermeira, ideal preconizado pelos autores de três manuais publicados entre 1938 e 1963.
Este artigo trata da produção do saber especializado sobre o corpo feminino entre os séculos XIX e XX, tendo como objetivo principal analisar as imagens divulgadas nos tratados e manuais de obstetrícia publicados na Europa e que foram utilizados pelos estudantes de medicina e médicos brasileiros. Procura-se entender o realismo das imagens médico-científicas sobre o corpo feminino como forma de expressão de uma nova relação entre médicos e mulheres engendrada pelos métodos de investigação produzidos nos laboratórios de anatomopatologia e nos exames clínicos das mulheres grávidas.
Propõe uma reflexão teórica e histórica a partir da conjunção do conceito de gênero e da noção de assistência. Analisa as dimensões políticas dos dois conceitos, problematizando a dicotomia entre político e pré-político, com suas marcas distintivas de gênero, de grande influência na teoria política e no pensamento moderno. Examina as práticas do cuidar pelo Estado moderno, bem como as transformações da assistência no interior das organizações caritativas e benemerentes que se constituem paralelamente e em consonância com as ações do Estado.
Resumo O artigo realiza um balanço historiográfico parcial sobre um campo de estudos prolífico e heterogêneo, a história das mulheres, da ciência e da medicina, articulado politicamente com o feminismo e de autoria majoritariamente feminina. Pretende apresentar as principais correntes desse campo que se constitui e consolida na segunda metade do século XX, como o contexto histórico de sua produção, definição de temas, referências teóricas, fontes e problemas de pesquisa. Tendo em vista sua extensão, o artigo concentrou-se na produção bibliográfica em língua inglesa, destacando as diferenças de abordagens e as contribuições teóricas e metodológicas mais expressivas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.