Nesse texto, nos propomos a refletir sobre o protagonismo dos sujeitos subalternizados na lutapelo espaço urbano, trazendo à tona o contexto de reprodução da vida ao longo da formação históricada cidade de Juazeiro do Norte, localizada no extremo sul do Ceará. Se trata de uma cidade cuja gêneseestá vinculada ao catolicismo popular, representado pela figura do Padre Cícero, mas também a culturasertaneja tendo em vista o expressivo afluxo de migrantes nordestinos em direção aquilo queconsideravam ser uma cidade santa. Uma vez fixados na cidade, das mais diversas formas, os sertanejosexpropriados procuravam resistir às secas, ao contexto de miserabilidade, travando conflitos comsegmentos sociais dominantes, produzindo uma cidade na qual se reivindicava o habitar, as condiçõesurbanas, através de experiências de auto-organização e resistência. Diante da ênfase na produçãoeconômica stricto sensu e seus nexos com a produção do espaço urbano na literatura local, esse textoconsiste em uma inflexão na medida em que lança luz sobre a história dos sujeitos subalternos e suasespacialidades, cujo marco principal foi o movimento dos sem teto na última década do século XX naocupação urbana do Mutirão da Vida na cidade em questão.
O presente estudo se propõe a analisar parte do que foi produzido por João do Rio entre o fim séc. XIX e o início do XX como contribuições aos estudos da Geografia urbana brasileira, tendo como recorte espacial a metrópole carioca sob o véu da belle époque, a partir de uma categoria de análise central: a vida cotidiana. O arsenal teórico-metodológico no qual se buscou subsídios estão associados aos estudos no interior da teoria crítica. Ao final, ao aproximarmos a obra de João do Rio com a as condições objetivas no espaço-tempo a partir das quais sua arte ganhava corporeidade, observando-se o lugar que ocupa o cotidiano em suas crônicas, bem como papel da rua enquanto lócus dos encontros. Palavras-chave: Arte; João do Rio; Vida Cotidiana.
Jörn Seemann deu o pontapé inicial para este enlace de poesia, fotografias e narrativa ao argumentar que "precisamos pensar em modos diferentes para apresentar as nossas ideias." Eis aqui uma experimentação que faz da diferença seu fundamento, indo de encontro às normas e estruturas acadêmicas as quais, por vezes, estamos submetidos.Escreveu certa feita Ana Maria Hoepers Preve: "o perder-se é então o movimento necessário para produzir passagens e que se aprende nos caminhos desconhecidos do fazer alguma coisa que não se sabe aonde vai dar, mas que é preciso fazer." A essência do perder-se pela cidade mantém um diálogo íntimo com a deriva situacionista, mas também com o flanar Baudelairiano-Benjaminiano. Há, seja na deriva, seja no flanar, a necessidade de experimentar tudo aquilo que a cidade proporciona, via corporeidade, entregando-se aos processos do acaso. Mas ritmo urbano muitas vezes petrifica a eventualidade e, com isso, deixamos assim de estranhar o familiar. Por isso, subjetivamente, necessito me lançar aos tais processos do acaso, experimentar a cidade em toda sua dimensão imediata, nas paisagens, nas passagens, culminando no habitar da linguagem poética e fotográfica.
RESUMOO presente estudo visa uma reflexão acerca do conceito de território, bem como de territorialidade, analisando-os paralelamente na obra "Terras do Sem Fim", de Jorge Amado. É de suma importância por em relevo a analogia entre os conceitos geográficos e a literatura, tendo em vista que o estudo através da narrativa permite entrever a descoberta de uma geograficidade apropriada pela criação artística, concebendo sua materialização como objeto de estudo aqui analisado, através de uma abordagem pautada no poder. As obras amadianas apresentam uma série de elementosrelações de poder, violência, conflitos sociais, manifestações culturais -passíveis de investigação dentro de um âmbito científico, sobretudo, no que diz respeito à Geografia enquanto ciência do espaço. No limiar dessa obra amadiana, especialmente, verifica-se uma rede de relações sociais cujo núcleo é de caráter econômico, revestido por relações de poder. Aos poucos se apresentam os aspectos políticos, não só para conquista das terras, como também, depois de estabelecido a posse dessas. Por fim, a relação cultural surgir-se-á como fator de resistência para o desenvolvimento territorial, aonde as representações são associadas às experiências sociais no espaço, sobrepondo-se. Eis aí a ênfase do presente estudo, a saber, uma leitura territorial da obra em questão. Palavras-chave:Território. Literatura. Geografia. ABSTRACTThe present study aims a reflection about the concept of territory and territoriality, analyzing them in parallel in the book "Terras do Sem Fim" by Jorge Amado. It is extremely important to emphasize the analogy between geographical concepts and literature, considering that the study through narrative allows a glimpse discovery geographicity suitable for artistic creation, designing its materialization as objects of study analyzed here through an approach guided in power. The amadians' works present a number of elements -power relations, violence, social conflicts, cultural -can be investigated within a scientific framework, especially with regard to geography as a science of space. On the threshold of this amadians' work, especially, there is a network of social relations whose core is economic, coated power relations. Gradually present political, not only to conquer the land, but also, once established possession of these. Finally, the cultural relationship will arise as a resistance factor for development planning, where the representations are associated with social experiences in space overlapping. Behold, the emphasis of this study, namely, a reading of the work in the territorial question. INTRODUÇÃONum primeiro plano, este artigo tratará das relações de poder, sem se preocupar com os laços identitários, tampouco com aspectos econômicos. Todavia, é necessário antes de tudo, abordar um pouco a noção de território, não olvidando o foco firmado logo acima. É fundamental iniciarmos propugnando que o território é, acima de tudo, cristalizado por e a partir das relações de poder. Devido a isso que, estruturalmente, discorreremos primar...
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