Esse trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão epistemológica a respeito da Geometria Gráfica, de suas representações e do estudo da Forma como objeto de estudo. A ideia central partiu de questionamentos sobre os motivos que levaram a Geometria Gráfica a se encontrar na posição atual de desvalorização acadêmica. Isto inclui a retirada da disciplina do currículo escolar brasileiro, a falta de consenso com relação à identidade dos profissionais, bem como às mudanças de paradigma trazidas pelas novas tecnologias. Nesse sentido, procurou-se discutir: 1) a origem e desenvolvimento da disciplina no Brasil; 2) a identidade da Geometria Gráfica como ciência, cujo resultado final está vinculado ao estudo e a representação gráfica da Forma; 3) suas práticas, que durante muito tempo foramse fragmentando devido ao uso de diferentes nomenclaturas, tais como “desenho”, “desenho técnico”, “desenho geométrico”, “expressão gráfica”, entre outras; e 4) seu futuro como área do conhecimento, diante das diferentes perspectivas de atuação com as novas tecnologias digitais. Ao final, pudemos compreender que o termo Geometria Gráfica define melhor e de maneira mais eficaz esta área de estudo estabelecendo, de uma maneira objetiva, que o nosso objeto de estudo é a Forma em suas diferentes representações.
O conteúdo de Verdadeira Grandeza (VG) é fundamental para as áreas que envolvem o projeto de produtos, uma vez que é a partir dele que se calculam as áreas reais das superfícies dos objetos. Historicamente, tal conteúdo se apresenta na literatura de maneira abstrata o que dificulta o processo de ensino-aprendizagem. O presente trabalho tem como objetivo analisar o ensino de Verdadeira Grandeza através do método da Mudança de Plano comparando a utilização de duas bases possíveis: Sistema de Vistas (Mongeanas) e Projeções Cotadas. Além disso, o artigo apresenta uma Abordagem Sistemática, desenvolvida pelos autores, para o ensino de VG por Mudança de Plano com base no Sistema de Vistas. A metodologia dessa pesquisa foi baseada na realização de um experimento que consistiu na comparação das duas bases através de testes. A análise dos resultados mostrou que os estudantes obtiveram melhor desempenho no teste que tem como base o Sistema de Vistas.
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Este artigo apresenta uma reflexão sobre a aplicabilidade como ferramenta didática e possibilidade pedagógica de transformações projetivas, entre formas da 2ª espécie aplicadas sobre obras da artista sueca Hilma af Klint. A escolha se deu pelo fato de Klint ter sido negligenciada na história da arte, especialmente em relação ao seu estilo abstracionista avant-garde, cujo trabalho se destaca pelo uso de figuras geométricas com cores intensas. Neste sentido, a metodologia da pesquisa consiste na aplicação dos princípios do Teorema de Desargues e propriedades e construções homológicas em duas pinturas da artista:They tens mainstay IV (1907) e Group VIII, no. 1 (1913).Ambas foram analisadas à luz da Geometria Projetiva a partir da utilização do software gráfico Geogebra como suporte. As obras foram selecionadas a partir de uma análise pessoal, processual e geométrica, devido às suas simetrias e formas mais distintas entre si, fazendo delas obras carregadas de simbolismo. Os resultados da pesquisa mostram que as tentativas de encontrar no espaço da obra de arte uma transformação geométrica projetiva consistem em uma tarefa bastante prolífica, uma vez que estudar e encontrar a projetividade na arte é uma forma educativa de compreender os conteúdos da Geometria Projetiva e dar significado a eles.
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