Embora testes de uma repetição máxima (1-RM) sejam freqüentemente utilizados para a avaliação da força muscular, acredita-se que os resultados obtidos possam ser afetados pela falta de familiarização prévia, até mesmo em sujeitos com experiência em exercícios com pesos. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar o impacto do processo de familiarização para avaliação da força muscular em testes de 1-RM. Para tanto, 21 homens (24,5 ± 3,8 anos), aparentemente saudáveis, com experiência prévia de pelo menos seis meses em treinamento com pesos, foram submetidos a testes repetitivos de 1-RM nos exercícios supino em banco horizontal, agachamento e rosca direta de bíceps. Os testes foram executados em quatro sessões, intervaladas a cada 48-72 horas. Um número máximo de três tentativas, com intervalo de três a cinco minutos para recuperação, foi utilizado em cada exercício, nas quatro sessões de testagem. ANOVA para medidas repetidas, seguida pelo teste post hoc de Tukey, quando p < 0,05, foi utilizada para o tratamento dos dados. Aumentos significantes na força muscular (p < 0,01) foram encontrados nos três exercícios analisados entre a primeira e a quarta sessão de familiarização (2,4% no supino em banco horizontal, 3,4% no agachamento e 5,4% na rosca direta de bíceps). Todavia, nenhuma diferença estatisticamente significante foi encontrada entre a segunda e a quarta sessão de familiarização na rosca direta de bíceps (p > 0,05), bem como entre a terceira e a quarta sessão no supino em banco horizontal e no agachamento (p > 0,05). Os resultados indicam que a falta de familiarização prévia com testes de 1-RM pode comprometer a avaliação da força muscular. Portanto, sugere-se, para avaliação mais acurada da força muscular mediante testes de 1-RM, a execução de duas a três sessões de familiarização em homens adultos com experiência em exercícios com pesos.
Embora testes de uma repetição máxima (1-RM) sejam amplamente utilizados para a avaliação da força muscular, a falta de familiarização prévia aos procedimentos de testagem pode gerar interpretações equivocadas. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o comportamento da força muscular em crianças pré-púberes durante testes repetitivos de 1-RM. Para tanto, nove meninos (9,5 ± 0,5 anos; 35,1 ± 6,9kg; 138,3 ± 6,1cm), sem experiência prévia em exercícios com pesos, foram submetidos a oito sessões de testes de 1-RM nos exercícios mesa extensora e rosca direta de bíceps, com intervalo de 48 horas entre cada sessão. Três tentativas, intervaladas por 3-5 minutos de descanso, foram executadas pelos sujeitos em cada um dos exercícios escolhidos. Aumentos significativos de 30,2% e 22,7% foram observados entre a primeira e a oitava sessão de testes nos exercícios mesa extensora e rosca direta de bíceps, respectivamente (P < 0,05). Entretanto nenhuma diferença estatisticamente significativa foi encontrada entre a terceira e a oitava sessão de testes na mesa extensora e entre a quinta e a oitava sessão na rosca direta de bíceps (P > 0,05). Esses resultados indicam que o número necessário de sessões para a estabilização da força muscular em testes de 1-RM parece ser dependente da tarefa motora executada e, possivelmente, do tamanho do grupamento muscular agonista envolvido na execução da tarefa motora. Portanto, os resultados sugerem que para uma avaliação mais precisa da força muscular de meninos pré-púberes, por meio de testes de 1-RM, são necessárias de três a cinco sessões de familiarização.
The objective of this study was to evaluate the familiarization to the 1-repetition maximum (1-RM) test in adult women with previous experience in resistance training and to compare the statistical methods to analyze familiarization. Twenty-seven women, with previous experience in resistance training but detrained for 6 months, participated in the study (21.6 +/- 2.5 years; 59.1 +/- 6.7 kg; 1.65 +/- 0.04 m; 21.8 +/- 2.4 kg/m). The 1-RM test was used to verify the strength levels in 3 exercises: bench press, squat, and arm curl. Five 1-RM tests sessions were performed in distinct days. Analysis of variance (ANOVA) for repeated measures, intraclass correlation coefficient (ICC), and Bland-Altman plotting procedures were used to compare the 1-RM load between the familiarization sessions. The significance assumed was p < 0.05. All exercises presented good ICC between 1-RM familiarization sessions (0.97-0.98). However, there were significant increases in 1-RM load among the 5 sessions of 1-RM tests in the bench press (+5.7%), squat (+5.4%), and arm curl (+11.1%). In addition, there were different responses according to the statistical analyses used (ANOVA, higher 1-RM strength, and Bland-Altman plotting). The results of the present study suggest that familiarization sessions are important for an accurate assessment of 1-RM load even in subjects with previous experience in resistance training.
A magnitude das respostas neuromusculares, metabólicas e morfológicas de homens e mulheres parece ser bastante diferenciada até mesmo quando esses sujeitos são submetidos a protocolos de exercícios com pesos semelhantes. Todavia, as diferenças no desempenho motor entre homens e mulheres têm sido relatadas predominantemente em protocolos baseados em contrações isométricas e isocinéticas. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o comportamento de homens e mulheres durante séries múltiplas de exercícios com pesos até a exaustão e, posteriormente, verificar possíveis diferenças de desempenho físico entre os sexos em exercícios com pesos com intensidades semelhantes. Para tanto, 83 indivíduos (50 homens e 33 mulheres), 48 horas após serem submetidos a testes de 1-RM nos exercícios supino em banco horizontal, agachamento e rosca direta de bíceps, executaram um protocolo composto por quatro séries a 80% de 1-RM até a exaustão, em cada um dos três exercícios, para avaliação da capacidade de resistência a fadiga nos diferentes grupos musculares. ANOVA e ANCOVA para medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Tukey, quando P < 0,05, foram utilizadas para o tratamento dos dados. Verificou-se uma queda significativa de desempenho, tanto nos homens quanto nas mulheres, da primeira à quarta série em todos os exercícios investigados (P < 0,01). Embora a magnitude da fadiga tenha sido maior nos homens, nos três exercícios, o efeito do sexo foi identificado somente no exercício rosca direta de bíceps (P < 0,01). Os resultados do presente estudo indicaram que homens e mulheres apresentam comportamentos relativamente diferentes em séries múltiplas de exercícios com pesos, com as mulheres apresentando um desempenho mais estável e uma maior capacidade de resistência à fadiga, sobretudo, no exercício rosca direta de bíceps.
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