Este artigo aborda a imaginação como processo psicológico fundamental do ser humano, tomando como base os trabalhos de Vigotski e seus interlocutores, e tendo como eixo reflexivo uma pesquisa-intervenção desenvolvida em uma Organização Não Governamental de arte-educação. A investigação se caracterizou pela oferta de oficinas de percussão, produção de espetáculo musical e produção de vídeo sobre esse espetáculo, tendo como sujeitos crianças e jovens de 9 a 14 anos que frequentavam a entidade. Uma análise da experiência vivida por esses sujeitos na relação com os pesquisadores toma como base a imaginação e seus desdobramentos no processo de criação. Nesse processo de criação, a experiência (re)significada pelos sujeitos vai compondo núcleos de memória, de forma que a atividade imaginativa se apresenta como um processo psicológico (re)combinador, objetivada em um novo produto.
RESUMOEste artigo aborda o processo de produção de um material audiovisual, criado por um grupo de crianças que participaram de oficinas de produção de vídeo, tomando como base sua experiência em dois projetos de pesquisaintervenção, dos quais elas participaram anteriormente. O vídeo foi construído por seis crianças na dependência de uma universidade pública. Diante da obra objetivada, as imagens, entrevistas, experiência das oficinas anteriores e a construção do vídeo possibilitaram às participantes a possibilidade de voltar um olhar exotópico para o processo e sua experiência. Olhares próprios mediados pelo pesquisador e pelas colegas contribuíram para resignificarem práticas e consolidar aprendizados resultantes do processo de criação. Por meio da construção do vídeo, elas puderam resignificar, tanto a experiência, quanto a si como sujeitos capazes de produzir o novo, ultrapassando suas reflexões e afetos na direção de algo inédito e potencializador de suas existências.Palavras-chave: produção de vídeo; criação; psicologia sócio-histórica. RESUMENEste artículo aborda el proceso de producción de un material audiovisual, creado por un grupo de niños que participaron en los talleres de producción de video, basado en su experiencia en dos proyectos de investigación, de la que participaron antes. El video fue construido por seis hijos la responsabilidad de una universidad pública. Dado el trabajo objetivado, imágenes, entrevistas, experiencias de los talleres anteriores y la construcción de vídeo permitieron a los participantes la posibilidad de devolver una mirada exotopica en el proceso y la experiencia. Miradas propias mediadas por el investigador y sus colegas contribuyeron a resignificarem prácticas y consolidar el aprendizaje que resulta en el proceso de creación. A través de la construcción de la de vídeo, podrían replantear tanto la experiencia, por su parte como sujetos capaces de producir el nuevo, superando sus pensamientos y afectos hacia la mejora de su existencia.Palabras clave: producción de video; la creación; psicología sociohistórica. ABSTRACTThis paper approaches the process of producing an audiovisual material created by a group of children who participated in workshops on video production, based on their experience in two research-intervention projects, which they previously participated. The video was built by six children in the facilities of a public university. Before the work objectified, pictures, interviews, experience from previous workshops and the construction of the video gave the participants the possibility of an exotopic view of the process and their experience. Their own views mediated by the researcher and the colleagues contributed to give meaning to practices and consolidate learning from the process of creation. By constructing the video, they were able to reframe both the experience and the subject itself as being able to produce the new, surpassing their thoughts and affections toward something unprecedented and potentializing their existence.
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Neste artigo analisamos cenas emergentes de um projeto de pesquisa-intervenção intitulado "Oficinas de Artes na Queimada”. O projeto investe no dispositivo grupal em encontros com mulheres que residem na periferia da cidade e na participação delas em eventos culturais, acadêmicos e feiras, oportunidade para a comercialização dos colares produzidos nas oficinas. As saídas para esses espaços nos confrontam com cenas em que se evidenciam as violências estruturantes das relações de gênero, classe e etnia em nossa sociedade. Objetivamos analisar algumas dessas cenas e problematizar, a partir da ética de Espinosa e teóricos/as da psicologia social, as forças que constituem a experiência das mulheres na relação com o dispositivo grupal, com a cidade e os efeitos e sentidos que a experiência produz em suas vidas. Analisamos também as relações que estabelecemos com essas mulheres e os deslocamentos que se produzem na direção de uma psicologia implicada com lutas interseccionais.
The aim of this article is to focus, based on Spinoza’s philosophy, on the concept of "ethical-political suffering", necessarily articulating it to the concepts of “good encounters” developed by Gilles Deleuze and Spinoza’s “power of acting”. For that, we weave a reflection on the concept of freedom for this author, going through his masterpiece, Ethics, articulated with some of his readers and interlocutors. We argue that recognizing the ontological and epistemological basis of these concepts allows us to demarcate an ethical and political direction that can contribute with Critical Social Psychology in Brazil. The idea of freedom as an ontology claims life expansion as a human foundation or as a desire that moves us in search of encounters that increase our possibilities of singular and collective existence. The restriction of this desire is at the genesis of the ethical-political suffering.
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