INTROdUçãOA Argentina dos anos 1990 levou ao extremo as políticas de recorte neoliberal. A liberalização econômica, as privatizações e a estratégia macroeconômica de adoção de um regime de câmbio fixo eliminaram a hiperinflação, mas lançaram o país em uma profunda crise econômica, política e social. Em meados de 2002, mais da metade da população vivia em condições de pobreza (Cepal, 2006; IMF, 2006). A desestruturação do mercado de trabalho e a deterioração nos padrões de distribuição de renda aproximaram a Argentina dos parâmetros estruturais do subdesenvolvimento latino-americano em uma forma que não guarda precedente em sua história. Após o default da dívida externa, e em meio a um ciclo econômi-co internacional excepcionalmente favorável, o país voltou a surpreender por Revista de Economia Política, vol. 29, nº 1 (113), pp. 3-23, janeiro-março/2009
A ascensão chinesa à condição de potência econômica e política em nível global tem estado no centro dos debates acadêmicos e políticos. Neste trabalho analisamos alguns impactos desse evento marcante sobre o Brasil. Investigamos o comércio bilateral e os padrões de convergência cíclica entre as duas economias, considerando uma análise mais ampla da competitividade externa da economia brasileira. A partir deste pano de fundo, objetiva-se mapear alguns dos possíveis impactos para o Brasil da ascensão da China à condição de potência global. A ênfase recai sobre a dimensão econômica, especialmente o comércio internacional. Parte-se da perspectiva de que o processo de crescimento e internacionalização da economia chinesa está gerando estímulos capazes de condicionar as possibilidades de desenvolvimento do Brasil ao longo das próximas décadas. Os argumentos estão estruturados em três seções: (i) procura-se apresentar uma visão panorâmica da ascensão chinesa, tomando-se como pano de fundo a dinâmica da "grande divergência"; (ii) faz-se um apanhado da situação contemporânea da economia chinesa; (iii) a análise dos efeitos de sua crescente internacionalização sobre a economia mundial, com ênfase para os casos da América do Sul e Brasil. Concluímos explorando algumas implicações normativas dos nossos resultados.
O artigo retoma variáveis sobre o desempenho recente da economia brasileira com o propósito de enfocar a questão se, a partir dessa análise conjuntural, pode-se detectar que o país estaria resgatando, sob nova roupagem, uma matriz de políticas desenvolvimentistas. Para ensaiar resposta à questão, parte-se de uma análise sobre o desempenho recente da economia e da contextualização do referido debate para, por fim, elaborar um contraponto entre o governo Lula e os traços estruturais da experiência histórica da economia brasileira no período que ficou conhecido na literatura como "era do desenvolvimentismo", esta entendida como cinco décadas, a partir de 1930, de elevado crescimento e de modernização do país.
This paper aims at analyzing international trade in labor-intensive sectors in the 2000s, with a special reference to the Brazilian case. Therefore, we use the constant market share analysis to compare several countries' export performance. It was observed that Asian countries emerged strengthened from this period. Brazil had a mediocre performance, losing market-share in global markets. Moreover, competition from Asian economies and even from the small Central American countries, such as Guatemala and El Salvador, has undermined the penetration of Brazilian exports in its major trade partners, which are North America and South America. ResumoO objetivo deste artigo é investigar a evolução do comércio internacional de produtos intensivos em trabalho na década de 2000 e qual foi o desempenho do Brasil neste mercado. Para tanto, comparam-se as performances das exportações de vários países e utiliza-se o método do Constant Market Share para decompor a variação do valor das suas exportações. Observou-se que quem saiu fortalecido desse período foram os países asiáticos. O Brasil apresentou uma performance medíocre e perdeu muito espaço no mercado internacional. Em dois dos seus principais mercados, América do Norte e América do Sul, há uma presença crescente e ameaçadora dos competidores da Ásia e até mesmo de pequenos países da América Central, como Guatemala e El Salvador.
Este trabalho analisa a manutenção de reservas ótimas precaucionais no país. As distintas medidas de adequação e as simulações produzidas oferecem a mesma inferência sobre a inadequação dos estoques de reservas brasileiras, mantidos em níveis aparentemente excessivos a partir de 2008. O exercício econométrico modelo de correção de erros vetorial (VEC) também não provê muito suporte à afirmação de que acumular níveis altos de reservas seja fortemente significante na determinação do risco-soberano e dos custos de financiamento externo da economia, inclusive não reduzindo a volatilidade da taxa de câmbio. Por sua vez, identificam-se custos fiscais não negligenciáveis derivados da política de esterilização.
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