A geodiversidade envolve os elementos do meio abiótico e, assim como a biodiversidade, pode ser utilizada por comunidades na geração de renda. Além disso, comunidades que fazem uso dos recursos da geodiversidade desenvolvem com ela uma relação direta. O objetivo desse artigo é apresentar o trabalho de mapeamento participativo realizado com artesãos de pedra-sabão em dois distritos do município de Ouro Preto, Minas Gerais, buscando valorizar seu conhecimento e reconhecer sua relação com a geodiversidade associada à pedra-sabão. A área da pesquisa está inserida no Quadrilátero Ferrífero, uma região que tem como a fonte de renda da população residente principalmente a extração mineral, incluindo o ferro, o ouro, o manganês, em escala industrial e o uso da pedra-sabão na produção artesanal. Os procedimentos metodológicos utilizados para este trabalho envolveram: a) desenvolvimento de uma oï¬cina prévia; b) aplicação de entrevistas com os artesãos dos distritos pesquisados; c) realização de trabalho de campo para mapeamento participativo com os comunitários; d) aplicação de uma oï¬cina de mapeamento participativo com elaboração de croquis e mapas mentais pelo público-alvo; e) realização de outra etapa de campo participativo; f) obtenção de imagens de satélite do software Google Earth Pro e elaboração de mapas temáticos em ambiente SIG. Os resultados revelam um conhecimento gerado pelos artesãos no que se refere ao sistema produtivo da pedra-sabão bem como dos valores associados à geodiversidade dessa rocha que tem grande importância histórica, cultural e econômica para a comunidade pesquisada.
O objetivo deste artigo é introduzir e analisar os modelos de comunicação utilizados na estruturaçãoda Rede Socioambiental no território da unidade de conservação da APA SUL RMBH, um ambienteque envolve questões polêmicas e interesses econômicos. Tais modelos almejam estabelecer diálogos ecompartilhar informações acerca dessa região de modo intersetorial, participativo, igualitário e dinâmico,enfatizando o caráter mobilizatório dos processos comunicativos. A definição de objetivos comuns, aproblematização participativa, a definição dos atores sociais e seus papéis, bem como o planejamentopara a maior eficiência do processo, emergem como estratégias de mobilização que se estruturam “com”e não “para” a sociedade. Nesse contexto, o usufruto e a consolidação de ferramentas de comunicaçãoefetivas, como, por exemplo, fóruns permanentes de debates, cartilha informacional, pesquisas sociais,formação de agentes locais inseridos em um modelo estrutural virtual e de alta tecnologia – Portal (ouSite) da Rede Socioambiental APA SUL RMBH – tornam-se base para a convocação dos propósitos comuns e o estabelecimento de redes sociais. A tecedura e o cruzamento dessas relações delineiam,então, um conjunto interligado de fatores complementares que regem a mobilização social nesse espaçode sociobiodiversidade.
comuns e o estabelecimento de redes sociais. A tecedura e o cruzamento dessas relações delineiam, então, um conjunto interligado de fatores complementares que regem a mobilização social nesse espaço de sociobiodiversidade.
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