INTRODUÇÃO: A anemia falciforme é uma doença genética frequente, que predomina entre negros e pardos. Fisiopatologicamente, as hemácias com hemoglobina S assumem, em condições de hipóxia, forma semelhante à foice, podendo levar à oclusão dos capilares, provocando lesões teciduais agudas e crônicas de órgãos, quase sempre acompanhadas de dor (FELIX, SOUSA & RIBEIRO, 2010). OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a frequência de casos de anemia falciforme em crianças das comunidades quilombolas de Oriximiná, Pará, atendidas pelo projeto quilombo da Fundação Esperança no período de 2004 a 2015. METODOLOGIA:A pesquisa obteve aprovação da comissão de Ética do Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES). Os dados foram coletados na base organizacional do projeto Quilombo, na Fundação Esperança em Santarém/Pará. De março a abril de 2016, foram analisados cinco mil prontuários, sendo selecionados somente os das crianças na faixa etária de um a onze anos cadastrados no projeto. Os dados foram analisados através de estatística descritiva. RESULTADOS: Durante o período de estudo o projeto atendia mensalmente cinco comunidades quilombolas que possuíam trinta e cinco famílias, sendo estas: Moura, Tapagem, Jamari, Curuça e Sagrado Coração de Jesus, existindo também outros subnúcleos menores, incluindo mais dezoito famílias. Foram evidenciados, 28 casos de crianças com anemia falciforme. Na comunidade de Moura, foi encontrada em 43% (12) crianças, em outros subnúcleos 46% (13) casos, em Tapagem 7% (2) casos e em Jamari 4% (1) caso. As comunidades de Curuça e Sagrado Coração de Jesus não apresentaram nenhum caso. CONCLUSÃO: Dessa forma, fica evidente que em comunidades quilombolas, a identificação dos indivíduos com anemia torna-se de relevante para a criação de planos de cuidados efetivos para a população acometida, com o intuito aumentar a sobrevida e melhorar qualidade de vida de crianças e adultos portadores dessa doença. (DIAS, 2013; FELIX, SOUSA & RIBEIRO, 2010).
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