Introdução: Apesar dos avanços no manejo pós-operatório, complicações respiratórias podem ocorrer após a esofagectomia. Uma das estratégias utilizadas para minimizar essas complicações é Ventilação Não Invasiva (VNI). Objetivo: reunir as evidências sobre o uso da VNI na insuficiência respiratória aguda/ síndrome do desconforto respiratório agudo no pós-operatório de esofagectomia em pacientes com câncer de esôfago. Materiais e Métodos: pesquisa realizada nas bases eletrônicas PUBMED, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LILACS, SCIELO no período de agosto a outubro de 2021. Resultados: Dos 20 estudos selecionados, dois foram incluídos na revisão. Um estudo mostrou que a aplicação da ventilação não invasiva na Insuficiência Respiratória Aguda (IRA) no pós-operatório de esofagectomia foi associada a uma menor taxa de reintubação, menor frequência de síndrome do desconforto respiratório agudo e uma redução na permanência na UTI. Também houve melhora nas trocas gasosas. O outro estudo analisou a ventilação não invasiva aplicada como intervenção de primeira linha para Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) após esofagectomia para câncer de esôfago e mostrou que evitou intubação em 48,4% dos pacientes. As diferenças na PaO2 / FiO2 após 24 h de VNI e a presença de complicações relacionadas à cirurgia foram altamente significativas. Conclusão: A VNI parece ser benéfica o tratamento da IRA/SDRA em pós-operatórios de cirurgias abdominais altas. No entanto, para pós-operatórios de esofagectomia, se faz necessário ampliar os estudos nessa área, para que a VNI seja utilizada com mais segurança e eficácia, trazendo benefícios para a recuperação precoce dos pacientes, minimizando as complicações pulmonares pós-operatórias.
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