ResumoObjetivo: descrever uma intervenção grupal realizada com os profissionais de uma equipe de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva Coronariana. Métodos: trata-se de um relato de experiência, em forma de narrativa, realizado por uma psicóloga-residente de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher. Foram realizados cinco encontros, que ocorreram mensalmente, com os diferentes turnos de trabalho. Resultados: foram encontradas dificuldades institucionais e resistências da própria equipe, que foram sanadas, ao longo dos encontros, por meio de vínculos com os participantes e da maior apropriação da proposta pelas coordenadoras do grupo e pelos participantes. As atividades realizadas foram intercaladas entre recursos expressivos e momentos mais reflexivos. Foi possível observar transformação na prática profissional dos participantes e na relação com a equipe; maior facilidade na comunicação entre todos e valorização do autocuidado por parte dos profissionais. Conclusão: ofertar um espaço de escuta, de troca de experiências e de reflexão propicia grande potencial gerador de mudanças positivas na rotina de trabalho e no bem-estar desses profissionais. Palavras-chave: trabalhadores da saúde; saúde do trabalhador; qualidade de vida; psicologia. Abstract
Apresentam-se os resultados de uma pesquisa de doutorado em psicologia, que buscou compreender, fenomenologicamente, a experiência de pacientes assistidos por um Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), num município do Estado de São Paulo. A pesquisadora realizou encontros dialógicos individuais, mediados por uma questão norteadora, com sete pacientes adultos de ambos os sexos e a partir de suas impressões, escreveu narrativas compreensivas sobre a experiência de cada participante. Excertos dessas narrativas serão aqui apresentados, assim como os elementos essenciais da experiência de ser cuidado em casa. Concluiu-se que a vivência do cuidado em domicílio favorece a autonomia do paciente, possibilitando o convívio com os familiares e a manutenção de elementos identitários presentes na moradia. Como contribuição deste estudo, aponta-se que o espaço da casa, enquanto contexto de cuidado em saúde favorece relações interpessoais positivas entre a equipe de profissionais de saúde, pacientes e familiares, tornando-o potencialmente mais humanizador.
Pretende-se apresentar os resultados e futuros desdobramentos de uma pesquisa de Mestrado em Psicologia que foi desenvolvida entre 2012 e 2013 pela autora principal sob orientação da segunda autora. Todos os cuidados éticos foram garantidos. o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da universidade e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Buscou-se compreender a experiência de cuidar de pacientes oncológicos a partir do relato de profissionais da saúde que atuam em um ambulatório de quimioterapia de um hospital universitário do Estado de São Paulo. Foi desenvolvida como uma pesquisa qualitativa, exploratória, de inspiração fenomenológica. a pesquisadora realizou encontros dialógicos individuais com nove profissionais: médicos, psicólogo, farmacêutico, enfermeiro, terapeutas ocupacionais, assistente social e técnico de enfermagem. ao término de cada encontro, foram redigidas narrativas nas quais se registrou o que foi relatado pelo participante acrescido das impressões da pesquisadora. o processo de construção das narrativas incluiu diversas fases objetivando um aprofundamento na apreensão dos principais elementos envolvidos na experiência dos participantes. a análise deste material possibilitou concluir que a experiência de cuidado na área de Oncologia é significada pelos profissionais como gratificante e enriquecedora, embora também envolva certa dose de sofrimento em função do desgaste físico e emocional a que ficam expostos. para além das já conhecidas queixas de estresse, sofrimento psíquico, Síndrome de Burnout, Fadiga por Compaixão, os relatos dos participantes revelaram também dificuldades no exercício da prática profissional decorrentes: a) de uma formação acadêmica que não os preparou para lidar com a aproximação da morte dos pacientes, tampouco com a necessidade de comunicar informações sobre a evolução da doença; b) da falta de integração entre os membros da equipe; c) da jornada de trabalho exaustiva; d) da falta de tempo para dedicar-se a si mesmos; e) do sentimento de impotência quando o tratamento não é bem-sucedido. Apesar disso, os participantes esforçam-se para que o relacionamento com os pacientes não seja reduzido a uma dimensão puramente técnico-assistencial, por reconhecerem que o envolvimento com eles é inevitável. Demonstraram ainda que se beneficiariam de uma intervenção comprometida em facilitar o vir à tona de suas experiências. o trabalho com pacientes oncológicos pode ser compreendido como uma experiência peculiar de cuidado que envolve dimensões paradoxais. As conclusões do estudo subsidiaram a elaboração de um novo projeto de pesquisa que pretende tomar o conceito de experiência, a partir do referencial fenomenológico, como norteador para o desenvolvimento de uma estratégia de atenção psicológica clínica direcionada aos profissionais da saúde que atuam em Oncologia. Tal pesquisa será desenvolvida a partir de 2014 no curso de Doutorado. Acredita-se que a implantação dessa modalidade de atenção psicológica nos contextos de tratame...
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