RESUMONo presente trabalho, estudou-se o nível de mercúrio em atum sólido enlatado, comercializado na cidade do Rio de Janeiro. Foram analisadas 39 amostras, pertencente a 5 marcas e lotes distintos, utilizando-se a espectrometria de absorção atômica pela técnica de vapor-frio. Os resultados obtidos demonstraram que 53% das amostras apresentaram um teor acima do máximo recomendado, sendo que somente uma entre as cinco marcas estudadas apresentou todas as amostras com níveis dentro dos limites tolerados. Tais resultados demonstram a necessidade de um maior controle da qualidade destes produtos.Palavras-chave: atum enlatado; mercúrio; absorção atômica; vapor-frio. SUMMARY TOTAL MERCURY LEVELS IN CANNED TUNA FISH COMMERCIALIZED AT THE RIO DE JANEIRO CITY, BRAZIL.The present study investigated the mercury levels in canned tuna fish, commercialized in the Rio de Janeiro city, Brazil. Thirty nine samples from five different makers were analyzed by cold vapor atomic absorption spectrometry. The results showed that 53% of the samples presented levels above the WHO (World Health Organization) recommended value, and only one from the five suppliers presented all their samples below this level. Such results indicate that it urges a better quality control for this food.Keywords: CVAAS; mercury analysis; canned tuna fish. -INTRODUÇÃOAs fontes de mercúrio para o meio ambiente podem ser classificadas como naturais ou antropogênicas. As primeiras são relativas, principalmente, a processos de desgaseificação da crosta terrestre [1]. Já as fontes antropogênicas são de várias origens: rejeitos de indústrias de cloro-soda, de equipamentos elétricos e eletrônicos, pesticidas e fungicidas, tintas, etc. No Brasil, destacou-se a atividade garimpeira, principalmente na Região Amazônica [5].É importante ressaltar que, dependendo das condições físico-químicas, o mercúrio que é introduzido no meio ambiente pode se transformar em diferentes espécies. Cada uma apresenta potencial tóxico bem diferenciado podendo, inclusive, ocorrer interconversão entre elas [1,3,7]. As espécies de maior interesse no estudo do impacto ambiental são o mercúrio elementar, o mercúrio iônico e os organo-mercuriais, com destaque para o metilmercúrio. Este último é o principal responsável pela intoxicação do ser humano através de pescado [9], já que estudos comprovam que de 80% a 95% do teor de mercúrio total encontrado em peixes se encontram na forma metilada. Mesmo em regiões com níveis normais em águas, podem ser observados teores relativamente altos de mercúrio em peixes pois, ao ser incorporado na cadeia trófica, o mercúrio é biomagnificado e bioacumulado, devido à sua longa meia-vida nos organismos (640 a 1200 dias). Portanto, observa-se com maior freqüência altos teores de Hg em peixes carnívo-ros e grandes [6]. No homem, a absorção intestinal do metil-mercúrio é maior que 95% e sua meia-vida bioló-gica para eliminação fica em torno de 70 dias. Quando é absorvido, acumula-se nos rins, no fígado e no sistema nervoso central (SNC), atuando como inibidor enzimát...
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