Este trabalho teve como objetivo analisar em que medida o preconceito racial no futebol medeia a relação entre o uso de agressões verbais e a concordância com posicionamentos que negam a existência do preconceito racial no futebol. Participaram desta pesquisa 295 estudantes universitários da Paraíba, com idades entre 15 e 61 anos (M = 21, DP = 6,01) sendo 109 do sexo masculino e 185 do sexo feminino. Os resultados indicaram que a variável “preconceito racial” mediou totalmente a relação entre a agressão verbal e a concordância com as ações judiciais. Assim, as agressões verbais não seriam apenas manifestações de atitudes negativas direcionadas ao time rival, mas ao estarem associadas, de maneira significativa, com o preconceito, convertem-se em uma poderosa forma de legitimação do preconceito racial ao negar sua existência.
Esta pesquisa contou com apoio fi nanciero do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq).
ResumoNeste trabalho objetivou-se analisar os repertórios interpretativos utilizados pelas pessoas para se posicionarem diante de situações de preconceito racial no futebol. Participaram 295 universitários, com idade média de 21 anos, sendo 37,1% do sexo masculino e 62,9% do sexo feminino. Utilizou-se um questionário com uma história fictícia na qual um torcedor de um time de futebol xingava um jogador do time adversário com termos depreciativos relacionados à sua cor. Em seguida, perguntava-se se isso seria uma demonstração de preconceito e pedia-se para que a resposta fosse justificada. A análise lexical das justificativas mostrou que, das cinco classes encontradas, quatro apresentam a ideia de que o preconceito existe e apenas uma nega sua existência. Esses resultados são discutidos enfatizando o fato que o contexto do futebol se apresenta como um cenário propício para investigar expressões flagrantes de preconceito racial porque existe a justificativa plausível da competição. Palavras-chave: preconceito racial no futebol; análise léxica; discriminação racial. AbstractInterpretative repertoires about racial prejudice in football Racial prejudice in football. The aim of this study was to analyze the interpretative repertoires that people use to position themselves for or against in relation to racial prejudice situations in football. 295 college students took part in this research, with a mean of 21 years old; 37.1% were male and 62.9% female. A questionnaire in which participants responded to questions about a fictitious situation in which a supporter insulted a player of the rival team because of the color of his skin was used. Immediately after respondents were asked to justify whether the situation presented could be considered as an example of racial prejudice. The lexical analysis performed showed that, out of the five classes found, four of them presented the idea that prejudice exists and only one denies its existence. These results are discussed stressing the fact that the context of football represents an excellent setting to research situations of flagrant racial prejudice since the competition acts as plausible justification. Keywords: racial prejudice in football; lexical analysis; racial discrimination. ResumenRepertorios interpretativos acerca del prejuicio racial en el fútbol Prejuicio racial en el fútbol. El objetivo de este trabajo fue analizar los repertorios interpretativos utilizadas por las personas para posicionarse frente a situaciones de prejuicio racial en el fútbol. Participaron 295 estudiantes universitarios, con una edad media de 21 años, de los cuales un 37,1% eran hombres y un 62,9% eran mujeres. Se utilizó un cuestionario con una historia ficticia en la cual un aficionado de un equipo de fútbol insultaba a un jugador del equipo adversario con frases despectivas relativas al color de su piel. Posteriormente, se preguntaba sobre si dichas expresiones podrían considerarse como una demostración de prejuicio y se pedía que las respuestas fuesen explicadas. El análisis lexical de las ...
Objetivo. Analizar el posicionamiento de estudiantes y no estudiantes frente a las cuotas raciales en las universidades públicas brasileñas, así como las justificaciones para ese posicionamiento. Además, investigar los niveles de prejuicio existentes entre los participantes y la relación entre su color de piel y sus posicionamientos frente a esas cuotas. Participantes. 83 estudiantes y 63 no estudiantes. Los resultados demostraron que los no estudiantes se perciben más prejuiciosos y un 74% de los participantes son favorables a las cuotas, siendo los autodeclarados negros los que indicaron mayor concordancia. El análisis léxico demostró que los estudiantes anclan sus posicionamientos en principios meritocráticos, mientras que los no universitarios anclan en principios igualitarios, reflejando la forma en cómo estos grupos construyen simbólicamente el significado de las cuotas raciales a partir de sus pertenencias sociales.
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