Este estudo tem como objetivo analisar as implicações dos estigmas e preconceitos na Educação na busca de compreender como esses conceitos se atualizam e reverberam em publicações científicas. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada em artigos científicos publicados de 2013 a 2021 na base de dados Redalyc e PsycINFO, considerando os artigos publicados nos idiomas inglês, português e espanhol, mediante uso dos descritores preconceito, estigma e vergonha na área da Educação e da Psicologia. De 873 artigos localizados, foram selecionados 44 para análise, com o auxílio do software Atlas Ti 5.2, divididos em quatro dimensões: cognitiva, afetiva, comportamental e institucional. Os resultados apontam para o automatismo de crenças em discursos morais que reforçam estereótipos, interferindo nas relações de afeto desencadeando afastamento ou reações de riso, nojo ou pena, bem como medo, silenciamento e angústia em quem sofre. Aumentam comportamentos agressivos e diminui o apoio social, sendo necessárias intervenções institucionais sistemáticas, de longa duração e participativas. Destaca-se, por fim, a necessidade de maiores estudos sobre o tema no campo da educação superior com a participação dos diversos sujeitos sociais.