Resumo Este estudo compara o letramento científico de estudantes brasileiros e japoneses com base em resultados do Pisa, visando a contribuir com evidências para a discussão das desigualdades educacionais. Analisa dados empíricos obtidos por meio de observação de aulas de Ciências em escolas do Brasil e do Japão, de questionário aplicado aos professores observados e de entrevistas com especialistas da área de ciências e com responsáveis pelo Pisa nos dois países considerados neste estudo. A análise mostra que as diferenças de desempenho dos estudantes brasileiros e japoneses estão associadas à forma como o sistema educacional de cada país aborda o currículo e a formação continuada de professores, e, ainda, ao uso diferenciado que fazem dos resultados do Pisa.
<p>O artigo analisa a preparação científica de estudantes brasileiros participantes do Pisa (Programme for International Student Assessment – em português Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes), considerando a defasagem idade-série. Foram realizadas uma análise exploratória dos resultados e uma regressão linear para investigar o efeito da variável repetência sobre o desempenho em ciências dos estudantes brasileiros. O estudo mostra que: os estudantes brasileiros estão em desvantagem em relação aos estudantes dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); a maioria dos estudantes brasileiros não é capaz de realizar as tarefas mais simples estabelecidas pelo Pisa; a diferença entre estudantes brasileiros defasados e estudantes da OCDE alcança 150 pontos em algumas competências; apenas os estudantes brasileiros das séries finais do ensino médio atingem os níveis esperados pelo Pisa.</p><p><strong>Palavras-chave: </strong>Pisa, Brasil, Letramento Científico, Defasagem Idade-série.</p><p> </p><p><strong>Distorsión de grado y edad y la competencia científica en Pisa</strong></p><p>El artículo analiza la preparación científica de los estudiantes brasileños que participan en el PISA (Programme for International Student Assessment – en español, Programa Internacional de Evaluación de Estudiantes), teniendo en cuenta la distorsión de grado y edad. Se realizó un análisis exploratorio de los resultados y una regresión lineal para investigar el efecto de la variable de repetición en el rendimiento en ciencias de los estudiantes brasileños. El estudio muestra que: los estudiantes brasileños están en desventaja en comparación con los estudiantes de los países de la Organización para Cooperación y Desarrollo Económico (OCDE); la mayoría de los estudiantes brasileños no puede realizar las tareas más simples establecidas por el PISA; la diferencia entre estudiantes brasileños que presentan distorsión de grado y edad y estudiantes de la OCDE alcanza a 150 puntos en algunas competencias; solo los estudiantes brasileños en los años finales de la escuela secundaria alcanzan los niveles esperados por el PISA.</p><p><strong>Palabras clave: </strong>Pisa, Brasil, Competencia Científica, Distorsión de Grado y Edad.</p><p> </p><p><strong>Age-grade distortion and scientific literacy in Pisa</strong></p><p>The article analyzes the scientific preparation of Brazilian students participating in PISA (Programme for International Student Assessment), taking into account the age-grade distortion. An exploratory analysis of the results and a linear regression were carried out to investigate the effect of the grade repetition variable on Brazilian students’ performance in Science. The study shows that: Brazilian students are at a disadvantage compared to students from Organization for Economic Cooperation and Development (OECD) countries; the majority of Brazilian students are not able to perform the simplest tasks defined by PISA; the difference between Brazilian over-age students and OECD students reaches 150 points in some competencies; only Brazilian students in the final grades of secondary education reach the levels expected by PISA.</p><p><strong>Keywords: </strong>Pisa, Brazil, Scientific Literacy, Age-grade Distortion.</p>
Resumo A resolução colaborativa de problemas (RCP) é uma competência de extrema relevância na sociedade moderna e uma das mais valorizadas neste século. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) foi a primeira avaliação em larga escala a incluir a resolução de problemas em sua matriz de referência. Esse estudo preliminar se restringe aos resultados publicados nos relatórios oficiais do Programa. Aqui, especificamente, discutimos esses resultados à luz da literatura de referência, bem como descrevemos o conceito de RCP no Pisa 2015. O Brasil, dentre os 52 países participantes, ocupou a 51ª posição nas habilidades relacionadas à RCP, ficando no Nível 1 da escala de desempenho. O status socioeconômico, a variação nas escolas e o gênero relacionam-se, positivamente, com o desempenho brasileiro em RCP.
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