Este estudo teve como objetivo descrever os impactos associados aos acontecimentos significativos, identificados pelo cliente e terapeuta, ao longo de um caso de sucesso clínico. Utilizámos a metodologia de estudo de caso, com um cliente adulto, diagnosticado com perturbação de pânico e acompanhado em terapia comportamental e cognitiva. A versão portuguesa do questionário Helpful Aspects of Therapy foi administrada em todas as sessões para a recolha dos acontecimentos significativos e respetivos impactos. Categorizámos o tipo de impacto percebido a partir de uma grelha de análise temática construída com base na literatura. Os resultados mostram diferenças nos impactos percebidos pela terapeuta e pelo cliente. Enquanto para a terapeuta esses impactos incidiram sobre as categorias de Orientação, Autocompreensão, Sensação de fortalecimento e Mudança de comportamento, para o cliente os impactos percebidos incidiram nas categorias de Autocompreensão e Sensação de fortalecimento. Estes resultados sugerem que ambas as perspetivas devem ser consideradas na compreensão do que é útil para a mudança do cliente e que o terapeuta deve atender à possibilidade de emergirem outros possíveis impactos no cliente, alinhando a sua intervenção no sentido de os potenciar e contribuir dessa forma para a mudança do cliente. Palavras-chave:Acontecimentos significativos, Categorias de impacto, Estudo de caso. IntroduçãoA abordagem dos acontecimentos significativos desenvolvida por Elliott (1985) define os acontecimentos como todo e qualquer momento situado nas sessões de terapia em que o cliente experiencia algum grau de ajuda ou de mudança . De acordo com Elliott e Shapiro (1988, 1992), esses momentos consistem em segmentos das sessões terapêuticas que se referem a alguma resposta ou reação específica, uma intervenção ou interação, cujo impacto é de natureza útil para o cliente.Os estudos sobre os acontecimentos significativos têm vindo a ser desenvolvidos como forma de analisar o processo de mudança, facilitar a compreensão de processos que contribuem para a eficácia da terapia e orientar as ações do terapeuta (Elliott, 1989). Os estudos que se enquadram nesta linha de investigação têm subjacente o pressuposto de que os acontecimentos significativos são o momento mais produtivo do trabalho terapêutico (Timulak, 2007).Levitt e Rennie (2004) concluíram que, ao descrever momentos particulares sobre a sessão de terapia, os clientes tendem a revelar intenções, propósitos e motivos que frequentemente não são mencionados ao terapeuta. De acordo com Sales e Alves (2014) é importante que os terapeutas 203A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para:
A ansiedade, suas manifestações e sua complexidade retratam um dos maiores desafios enfrentados pela pesquisa e tratamento da saúde mental na contemporaneidade. Assim, estudos relacionados a esta temática são cada vez mais importantes. Inserindo-se na discussão, este estudo teve por objetivo compreender o biofeedback enquanto recurso terapêutico na perspectiva da terapia cognitivo-comportamental para os transtornos de ansiedade. A pesquisa foi realizada a partir de uma revisão integrativa da literatura, a qual compreendeu a leitura de artigos, teses, dissertações, livros e demais estudos publicados que disponibilizam texto completo em língua portuguesa, a partir da busca em bases de dados científicas em plataformas eletrônicas online. Foi realizada uma análise de conteúdo para a categorização dos estudos com o objetivo de organizar e sumarizar as informações de maneira concisa, formando um banco de dados de fácil acesso e manejo. No total, foram selecionados e analisados 10 estudos na íntegra, seguindo os critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Neste processo, foi incluída a metodologia de busca por referências nas referências, para ampliar o número de estudos encontrados. Pesquisas apontam evidências positivas para a eficácia da utilização de equipamento de biofeedback como ferramenta terapêutica na redução da ansiedade do estresse e da sintomatologia associada. Ao final, entende-se que o biofeedback poderá oferecer aos profissionais da saúde uma nova técnica terapêutica, não invasiva, não medicamentosa, que torna a psicoterapia uma intervenção mais objetiva incorporada aos recursos terapêuticos já utilizados pela terapia cognitivo-comportamental.
Este constructo apresenta e discute fatores de risco (FR) pessoais, ambientais e biofisiológicos para ideação, tentativa ou consumação do suicídio em cada um dos sete transtornos de ansiedade (TA) presentes no Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Trata-se de uma revisão sistemática de produções compostas por estudos empíricos transversais ou de prevalência, de coorte prospectivos ou retrospectivos e ensaios clínicos randomizados, a partir dos bancos de dados Pubmed, Cochrane Library e American Psychological Association onde foram encontrados 1487 estudos. Após análise com base nos critérios de elegibilidade, foram selecionados 24 estudos contendo um total de 2.402 casos de TA que compõem o banco de dados desta revisão. FR e o desfecho de ideação, tentativa ou consumação do suicídio foram encontrados para os transtornos de Pânico, Agorafobia, Ansiedade Social, Ansiedade Generalizada e Fobia Específica. Estes dados podem ampliar a compreensão teórica e produção técnica das diversas abordagens dentro das ciências da saúde e assim contribuir na construção e aperfeiçoamento de procedimentos e protocolos clínicos visando o tratamento de indivíduos com TA e a prevenção do suicídio. Além disso, foi possível perceber que uma parte significativa dos suicídios podem ser evitados com a prevenção de transtornos mentais.
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