O objetivo deste trabalho foi verificar correspondências entre identidade sexual, prática sexual e preventiva, incluindo modo de persuasão usado para convencer o(a) parceiro(a) sexual sobre o uso de preservativo. Aplicamos questionários em escolas públicas de Brasília a respeito desses assuntos. Analisamos as respostas à luz da abordagem das representações sociais. Participaram da pesquisa 291 jovens. Mulheres casadas ao descreverem-se em termos de identidade sexual tenderam a ressaltar mais normas sociais, enquanto as solteiras mencionaram mais práticas sexuais. A ameaça para o uso do preservativo foi mais usada entre solteiros, mas as mulheres solteiras também usaram a sedução. Enfim, mulheres solteiras empregaram mais imposição que as casadas, mas os homens solteiros utilizaram o dobro desta forma (14,64%).Palavras-chave: representações sociais; prevenção ao HIV/aids; identidade sexual.
Analisamos lembranças de jovens judeus e não judeus para inferir padrões de influência social adotados por pais e antepassados. Supomos que o modo de influenciar entre os judeus esteja relacionado à busca de autonomia, diferenciação e delimitação de fronteiras interindividuais/intergrupais, enquanto entre os não judeus seja o contrário. Os jovens eram estudantes de ensino médio de duas escolas privadas. Com os sobrenomes, formamos subgrupos de asquenazins (judeus alemães), asquenazins/sefaradins (judeus ibéricos), judeus/não judeus e não judeus. Eles relataram lembranças de pais e antepassados, recuando até a 5ª geração; simularam autoapresentação para alguém de outra religião; indicaram lugares onde viveriam no exterior; e mencionaram dez sobrenomes fora das suas famílias. Os modelos de influência dos judeus enfatizaram aspectos individuais/grupais da vida familiar, os dos não judeus, relações interindividuais. A autoapresentação para outrem dos judeus mostrou focalização nos aspectos grupais de si e de outrem, enquanto a dos não judeus, cortesia/cumprimento.
O objetivo desta pesquisa foi descrever representações sociais (R.S.) sobre nações, segundo grupo étnico-racial autodefinido. Adotamos o referencial teórico das R.S. de Moscovici, articulado às teorias sobre relações intergrupais. Estudantes secundaristas de escolas públicas do Rio de Janeiro, autodefinidos como negro (n = 31), moreno (n = 88) e branco (n = 100), responderam um questionário sobre o Brasil, os EUA e os países árabes/muçulmanos. Sobre o Brasil, o "branco" enfatizou Estado/nação e interações interpessoais; o "negro", indivíduo e grupos particulares e, o "moreno", indivíduo face às normas sociais. O "moreno" mostrou dificuldade de manutenção de fronteiras intergrupais e menor distinção social. O "branco" descreveu os EUA como país que realça o indivíduo e considerou o Brasil mais satisfatório em termos interpessoais, segundo o modelo de "homem cordial" de Buarque de Holanda. A dificuldade de representar o Brasil em termos culturais, indica o menor reconhecimento das culturas negra e índia na construção social da sociedade brasileira.
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