OBJETIVO: estimar o custo direto dos recursos médico-hospitalares utilizados no tratamento cirúrgico da fratura de fêmur decorrente de quedas durante a hospitalização e pós-operatório até dois meses após a lesão. MÉTODO: estudo transversal, descritivo e retrospectivo em pacientes de ambos os sexos, com 60 anos ou mais de idade, no período de janeiro de 2008 a junho de 2009. Os dados foram extraídos das contas hospitalares de um convênio credenciado à rede hospitalar privada da cidade de Brasília. RESULTADOS: a frequência de fratura por quedas para o sexo feminino foi 76,2% (n=16), e no masculino, 23,8%(n=5), sendo que 66,7% (n=14) das lesões resultaram em fratura de fêmur proximal. A média de permanência hospitalar das cirurgias foi de 7,1 dias e 2,7 dias em UTI. Houve 16 pacientes com fratura de fêmur e a média do tratamento cirúrgico foi R$ 39.160,75, totalizando R$ 626.572,06. O custo direto dos recursos médico-hospitalares durante a internação ficou entre R$ 8.293,55 e R$ 139.837,50; já no pós-operatório, corresponderam a 5,7% do custo total da internação. CONCLUSÃO: o custo cirúrgico da fratura de fêmur é considerável para os convênios do sistema de saúde suplementar e confirmou a vulnerabilidade do sexo feminino para as fraturas de quadril. As maiores despesas foram com a prótese, material e medicamentos, e variaram em função do tipo de cirurgia, período de hospitalização e faixa etária.
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