Este trabalho objetiva analisar a Estratégia de Resiliência de Salvador (BA), destinando-se a identificar oportunidades de novas ações que contribuam para uma maior resiliência da cidade. Para tanto, foi realizada pesquisa documental e bibliográfica sobre resiliência urbana, bem como análise de conteúdo do documento Salvador Resiliente, que apresenta a Estratégia de Resiliência de Salvador ao lado do framework utilizado na sua construção (City Resilience Framework – CRF). Posteriormente, foi construída uma base de dados no software Excel, contendo todas as ações previstas e/ou realizadas para a cidade, vinculando-as aos 50 indicadores do CRF. Como resultado, identificou-se os indicadores com menor número de ações e, à luz dos conceitos de resiliência urbana, aponta-se sugestões de iniciativas que possam contribuir na direção dos indicadores menos contemplados. Palavras-chave: Estratégia de resiliência urbana. Salvador. Cidades resilientes. Indicadores de resiliência. City Resilience Framework – CRF.
Este trabalho objetiva analisar ações propostas na estratégia de resiliência da cidade de Salvador, Bahia, buscando identificar como elas se vinculam com os choques e/ou com os estresses identificados na cidade. Essa vinculação foi feita através da análise de conteúdo do documento de apresentação da estratégia de resiliência – Salvador Resiliente. A partir desse material, construiu-se uma base de dados no software Excel, contendo todas as 138 ações previstas e/ou realizadas para a cidade, vinculando-as aos choques e/ou estresses. Para tal, a pesquisa utilizou-se da técnica de painel de especialistas. Constata-se que todas as ações propostas se vinculam a pelo menos 1 dos 4 choques (deslizamento de terra, surto de doenças, inundações e alagamentos, insuficiência de serviços básicos) e a pelo menos 1 dos 6 estresses (pobreza e desigualdade, desemprego, crimes e violência, uso e ocupação irregular do solo, falta de mobilidade urbana, falta de acesso à educação adequada). “Inundações e alagamentos” foi o choque que apresentou a maior quantidade de ações vinculadas de curto e médio prazos, enquanto “pobreza e desigualdade social” foi o estresse com maior total de vínculos de médio e longo prazos. A grande maioria das 138 ações se vinculam a apenas 1-2 choques e/ou estresses enquanto menos de uma dezena de ações estão vinculadas simultaneamente a 5-6 choques/estresses. Ressalta-se, todavia, como principal desafio a construção de uma boa governança para a implementação de ações vinculadas a choques e/ou estresses que fujam à responsabilidade unicamente da esfera municipal, tais como: surto de doenças e crime e violência.
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