Resumo Fundamentando-se na Teoria das Representações Sociais este trabalho analisa como adolescentes de diferentes inserções sociais representam a adolescência e dão sentido ao período em que vivem. Participaram desse estudo 360 adolescentes entre as idades de 14 e 23 anos: 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em região urbana, estudantes de escola particular, localizada em bairro considerado de classe média alta e alta, e 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em uma região rural e que estudam em escola agrotécnica pública. Os resultados indicaram que a adolescência para os dois grupos está ancorada na percepção tradicional da adolescência como fase universal e transitória. Ocorre, entretanto, uma diferenciação de acordo com os elementos culturais presentes nos grupos. Dessa forma, verificamos formas diferentes de vivenciar a adolescência, corroborando assim, a tendência mais recente que propõe a adolescência como uma condição construída historicamente.
A Teoria das Representações Sociais (TRS), desenvolvida no âmbito da Psicologia Social, tem oferecido um importante aporte teórico aos pesquisadores que buscam compreender os significados, e os processos neles imbricados, criados pelos homens para explicar o mundo e sua inserção dentro dele. Entretanto, em que pese o número de pesquisas realizadas, muito ainda há que realizar para explicitar conceitos, clarear definições e estabelecer articulações com outros conhecimentos produzidos, tanto no interior da própria Psicologia quanto em outras áreas do conhecimento (Almeida, Santos & Trindade, 2000, p. 1).É nessa perspectiva que vislumbramos o estabelecimento de um diálogo entre a psicologia popular 2 e a TRS, já que ambas apresentam algumas proposições comuns: a construção de teorias normativas pelo senso comum e sua necessária inserção cultural, a centralidade da preocupação com a produção de sentidos, além da atenção voltada para a assimilação do conhecimento científico pelo pensamento social (Almeida & cols., 2000, p. 2). Resumo Nesse estudo, interessou-nos conhecer os elementos das representações sociais do desenvolvimento humano em suas diferentes fases. Foi realizado um estudo orientado metodologicamente pela Teoria do Núcleo Central. Um questionário de categorização foi preenchido por 210 educadores distribuídos em quatro subgrupos (60 educadores de crianças, 60 de adolescentes, 60 de adultos e 30 de idosos). Além dos elementos constituintes das representações de desenvolvimento, esse estudo permitiu-nos identificar sua organização interna. Nossos resultados mostram que a criança foi associada com brincadeiras, inocência e dependência; o adolescente com transformações no corpo, crises existenciais e sexualidade; o adulto com produtividade, trabalho, estabilidade e, o idoso com sabedoria e experiência. Palavras-chave: Representações sociais; desenvolvimento humano; curso da vida. Representações Sociais do Desenvolvimento Humano Social Representations of Human Development AbstractThe aim of this study was to identify elements of social representations about life-span development, guided by the Theory of the Central Core. A questionnaire was filled out by 210 educators, distributed in four groups (60 children educators, 60 adolescent educators, 60 adult educators and 30 senior citizen educators). The study allowed the idenfication of elements of social representations about development and its internal organization. The results indicated that the child was associated with games, innocence and dependence; the adolescent with body transformations, existencial crisis and sexuality; the adult with productivity, work, stability and the senior citizen with wisdom and experience. Keywords: Social representations; human development; life-span.As teorias do senso-comum ou representações sociais (RS), como denominamos na TRS, ou teorias populares, como denominadas por Bruner, em sua Psicologia Popular, correspondem aos significados construídos nos enjeux psicossociais. Esses significados são compreendidos como constituí...
O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) apontou novas formas de enfrentamento na apuração de ato infracional de adolescentes. Porém, suspeita-se que uma complexa negociação de sentidos constantemente atravessada por estereótipos e por lógicas sociais historicamente construídas tenha gerado conflitos de práticas e ideias entre aqueles que operam a lei. Assim, propõe-se conhecer como o adolescente era retratado nos processos judiciais na apuração de atos infracionais. A partir de leitura e análise minuciosa de 12 (doze) processos infracionais de adolescentes foram identificados elementos típicos da doutrina da situação irregular que passaram a receber nova roupagem conceitual nas manifestações evocadas a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente. Dessa forma, concluiu-se que as representações compartilhadas no âmbito da Justiça acerca do adolescente são ainda ancoradas em um modelo tutelar que considera o adolescente um objeto de direito, cujo futuro, na condição de infrator, deve ser traçado pelo Estado.
This article aims to identify the social representations that teachers and police offi cers construct about violence, particularly that practiced by young people. The study participants were 15 high school teachers from two private schools and 16 police offi cers from four police stations, including both males and females. For the data collection, the focus groups technique was used with subsequent content analysis of the discourse corpus related to violence and its causes. The teachers and police offi cers indicated the modern family as a reason for the violence committed by young people because their role in the socialization of the children is being abandoned. They understand that the responsibility for the education of the young people is being transferred to them by the family.Keywords: social representation, violence, youths, teachers, police Representações Sociais de Professores e Policiais sobre Juventude e ViolênciaResumo: Resumo: Este estudo teve por objetivo identifi car as representações sociais que professores e policiais civis constroem sobre a violência, em particular, a praticada por jovens. Participaram do estudo 15 professores do ensino médio de duas escolas privadas e 16 policiais civis de ambos os sexos pertencentes a quatro delegacias. Para coleta de dados utilizouse a técnica de grupos focais com posterior análise de conteúdo do corpus discursivo relativo à violência e suas causas. Professores e policiais civis apontam a família moderna como uma das responsáveis pela violência praticada pelos jovens por se desobrigar de seu papel socializador dos fi lhos. Entendem que a responsabilidade da educação dos jovens está sendo transferida da família para eles. Palavras-chave: representação social, violência, jovens, professores, polícia Representaciones Sociales de Profesores y Policiales sobre Juventud y ViolenciaResumen: El objetivo de este artículo fue identifi car las representaciones sociales que profesores y policías construyen acerca da la violencia, en particular la violencia juvenil. Participaron del estudio 15 profesores de educación secundaria de dos escuelas particulares y 16 policías de cuatro jefaturas, de ambos sexos. Para recolectar los datos se utilizó la técnica de grupos focales con posterior análisis de contenido del corpus discurso sobre la violencia y sus causas. Profesores y policías identifi can la familia moderna como una de las responsables por la violencia juvenil porque se eximen de su papel socializador de los hijos. Creen que la familia esté transfi riendo la responsabilidad por la educación del joven para ellos, profesores y policías.
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