IntroduçãoA expectativa de vida da população tem aumentado ao longo das últimas décadas 1 e, ao mesmo tempo, a tecnologia traz facilidades para as atividades cotidianas, o que as tornam menos desgastantes fisicamente e com menor dispêndio de energia corporal. Tais con-1 Escola Superior de Educação Física -UFPel, Pelotas, RS, Brasil. ResumoO objetivo deste estudo foi descrever as barreiras e os facilitadores da prática de atividade física (AF) no tempo livre e sua associação com essa prática em pessoas maiores de seis anos de ambos os sexos com déficit intelectual (DI) inseridas nas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAES). A amostra foi composta por 1.191 pessoas com DI representadas pelos seus responsáveis. As barreiras e facilitadores para a prática de AF foram identificadas com questões fechadas em que o responsável respondia se o fator influenciava sempre (1), influenciava às vezes (2) ou não influenciava (3) na prática de AF. As questões foram separadas em três dimensões que correspondiam a onze fatores de ordem pessoal, sete de ordem ambiental e dez de ordem social. Verificou-se no aspecto pessoal sete facilitadores e duas barreiras, nos quais destaca-se o fato de sentir-se capaz como facilitador associado com a prá-tica de AF e não possuir dinheiro como barreira; no aspecto ambiental seis facilitadores e uma barreira, sendo a companhia de pessoas próximas o principal facilitador pela associação com a prática de AF e a ausência de projetos sociais como barreira; e no aspecto social cinco facilitadores e uma barreira, no qual encontram-se a existência de locais próximos de casa e os profissionais estarem preparados para trabalhar com pessoas com DI os principais facilitadores e a falta de companhia como barreira. Conclui-se que as barreiras e facilitadores de AF para as pessoas com DI podem estar ligados ao estímulo que recebem, pois a companhia de outra pessoa foi o principal facilitador associado com a prática, isto pode ocorrer devido às limitações que a maioria possui no aspecto social. Oferta de locais com qualidade para prática de AF também facilitam a prática de AF, o que pode ser amenizado com o investimento em políticas públicas e projetos sociais de qualidade. Palavras-chave
As desigualdades sociais e econômicas ainda colocam-se como um problema a ser superado no Brasil. Uma das soluções para amenizar esses problemas são os programas sociais que tem como finalidade oportunizar a igualdade e a inclusão social. Dentre alguns programas sociais, encontra-se o Programa Segundo Tempo (PST) desenvolvido pelo Ministério do Esporte (ME), com o objetivo de democratizar o acesso à prática esportiva dos alunos da educação básica e superior. Em sua nova remodelação, com intenção de atingir vários segmentos excluídos no contexto social, o PST desenvolveu núcleos especiais, entre eles um núcleo para jovens com deficiência. A partir de 2008 a UFPel, por intermédio da ESEF, formou uma parceria com a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do ME para o desenvolvimento de um núcleo Piloto Especial, visando atender preferencialmente crianças e jovens com deficiência com idades entre 12 e 21 anos. A partir de 2012, o projeto renovou a parceria por um ano, desta vez como Núcleo Especial e com as diretrizes já definidas. O trabalho é desenvolvido por professores e acadêmicos da ESEF/UFPel, no atendimento de 100 alunos com e sem deficiências. As atividades ocorrem três vezes por semanas por duas horas, sendo desenvolvidas atividades esportivas, atividades suplementares e atividades complementares de artes. Com essas oportunidades observa-se uma mudança no estilo de vida desses alunos. Na avaliação junto com as famílias e na observação dos monitores, percebe-se uma mudança de comportamento, com visível melhoria da autoestima, autoconfiança, independência e autonomia. Com a continuidade desse programa espera-se uma melhoria da qualidade de vida.
O objetivo desta pesquisa foi mapear, de acordo com a visão dos pais e professores, o perfil dos alunos com deficiências pertencentes à rede pública municipal de ensino de Pelotas, descrevendo as práticas de atividades físicas nos ambientes internos e externos à escola. A amostra foi composta por 76 pais/responsáveis e 32 professores. Quanto ao tipo de deficiência, houve predomínio de déficit intelectual. De acordo com os professores, a maioria dos alunos participa das aulas de Educação Física. Os resultados demonstram que o processo inclusivo está sendo aprimorado no momento em que eles se inserem na sociedade e, consequentemente, estão cada vez mais obtendo oportunidades de se desenvolverem.
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