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Introdução: O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma das ferramentas importantes na avaliação das condições de qualidade de vida da população, a qual tem implicação direta no desenvolvimento de alguns agravos de saúde, a exemplo da insuficiência renal. Objetivo: Identificar o perfil de morbimortalidade da insuficiência renal aguda e crônica, nos estados de Santa Catarina (SC) e Maranhão (MA), e sua relação com o IDH. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, cujos dados foram coletados ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram escolhidos os estados de Santa Catarina e Maranhão por ocuparem os extremos do IDH. Utilizou-se das seguintes variáveis: sexo, faixa etária, raça/etnia, insuficiência renal aguda e crônica, internações, óbitos, média de permanência hospitalar e taxa de mortalidade. Todos os casos notificados, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019, foram incluídos neste estudo. Resultados e Discussão: Em SC (IDH = 0,808) foram 43.595 notificações, 56% do sexo masculino, com predomínio da faixa etária "60-69 anos" (21%), da raça/etnia "branca" (88%) e com média de permanência hospitalar de 7,5 dias; 10% foram a óbito, com uma taxa de mortalidade de 10,79 por cem mil habitantes. Em relação ao MA (IDH =0,687), foram notificados 20.818 casos, maioria do sexo masculino (54%), com a faixa etária mais prevalente de "50-59 anos" (18%), sendo 62% com raça/etnia ignorados. A média de permanência hospitalar foi de 9,9 dias. Do total de casos analisados, 11% evoluíram para óbito, sendo a taxa de mortalidade de 11,13 por cem mil habitantes. Percebe-se divergências entre SC e MA no que diz respeito ao agravo estudado, levando-se em consideração a localização e heterogeneidade dos estados analisados. O estado de Santa Catarina, com melhor IDH, apresenta maior número de casos de internação por insuficiência renal, entretanto possui uma taxa de mortalidade inferior ao Maranhão, bem como uma menor média de dias de hospitalização. Esses comportamentos ocorreram em decorrência do melhor acesso à saúde, maior investimento em qualidade de vida e diagnóstico precoce. Conclusão: Dessa forma, observa-se que o IDH mantém relação direta com o desenvolvimento e o desfecho da insuficiência renal, estabelecendo relação diretamente proporcional entre as variáveis.
Introdução: A dispepsia funcional é uma síndrome gastrointestinal desafiadora pelos diversos fatores que podem gerá-la e pelos critérios exigidos para diagnosticá-la. Entretanto, é possível entender o perfil epidemiológico e clínico de seus portadores, bem como identificar a influência de algumas condições em suas manifestações. Objetivo: avaliar a prevalência da dispepsia funcional e caracterizar os aspectos epidemiológicos e clínicos. Metodologia: estudo prospectivo, transversal, tipo survey inquérito, com pacientes dispépticos encaminhados ao serviço de endoscopia digestiva alta. A amostra foi composta por 859 indivíduos com diagnóstico clínico de dispepsia, sendo aplicados questionários autoexplicativos: sociodemográfico, Inventário de Ansiedade de Beck, Inquérito de Depressão de Beck e o questionário de ROMA III. Resultados: do total de entrevistados, 36 (4,19%) preencheram os critérios ROMA IV para dispepsia funcional, que engloba duas síndromes clínicas diferentes: a síndrome do desconforto pós-prandial e a síndrome da dor epigástrica. A faixa etária média foi 31,5 anos (19,2-39,7), 23 (63,9%) eram procedentes de Aracaju, 32 (88,8%) do sexo feminino, 21 (60%) solteiros e 19 (54,3%) consideravam-se de cor parda. Foram identificados 19 (52,8%) pacientes portadores de ansiedade e 9 (25%) com depressão. Segundo os critérios, 10 (27,8%) apresentaram síndrome do desconforto pós-prandial, 07 (19,4%) a síndrome da dor epigástrica e 19 (52,8%) os dois subtipos clínicos simultaneamente. Conclusão: a dispepsia funcional foi mais prevalente entre as mulheres, indivíduos solteiros, cor parda e portadores de ansiedade. Não houve significância estatística quanto ao tipo de apresentação clínica, embora a manifestação concomitante dos dois subtipos, tenha sido mais prevalente.
Introdução: Os sintomas dispépticos são frequentemente referidos nas consultas gastroenterológicas. Em boa parte dos doentes é possível reconhecer que alterações emocionais fazem parte dos fatores que desencadeiam ou pioram suas queixas digestivas. Objetivo: avaliar a presença e os níveis de ansiedade em portadores de dispepsia. Metodologia: estudo prospectivo, transversal do tipo survey inquérito, realizado em Aracaju-SE, em pacientes encaminhados para EDA, com diagnóstico clínico de dispepsia/sintomas dispépticos. A amostra foi composta por 859 indivíduos com diagnóstico de dispepsia. Foi aplicado três questionários autoexplicativos: sociodemográfico, Critérios de ROMA III e o Inventário de Ansiedade de Beck. Resultados: Dos 859 entrevistados, 388 (45,1%) foram diagnosticados com ansiedade, sendo 214 (55,1%) ansiedade leve, 112 (28,9%) moderada e 62 (16%) grave. A média de idade dos ansiosos leves, moderados e graves foi de 38 anos, 36,5 anos e 35,5 anos respectivamente. Dos entrevistados, 297 (76,5%) eram mulheres, 207 (53,3%) casados, 204 (52,5%) pardos e 205 (52,8%) com ensino médio completo. Dentre as comorbidades, 71 (18,3%) referiram doença cardiovascular, 80 (20,6%) pulmonar, 186 (47,9%) digestiva, 79 (20,4%) osteomuscular, 256 (66%) transtornos psiquiátricos e 158 (40,7%) usavam medicamentos. A soma sugere queixas concomitantes. De acordo com o ROMA III, 221 (57,3%) referiram dor no peito, 291 (75,2%) azia, 276 (71,5%) empachamento pós prandial e 140 (36,7%) saciedade precoce. Conclusão: Os níveis mais elevados de ansiedade podem se constituir como agravantes para a apresentação e gravidade de sintomas dispépticos.
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