Tendo como referência a abordagem das capacidades (Capabilities Approach), o presente artigo analisa como a instituição de políticas públicas adequadas para a promoção da dignidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento das capacidades. Para tanto, utiliza-se a lista de capacidades proposta pela filósofa norte-americana Martha Nussbaum, que orienta para um nível mínimo, abaixo do qual não se poderia viver dignamente. O enfoque das capacidades delimita as ações dos poderes públicos a fim de que possam desempenhar um papel inclusivo e de assistência para com todos, possível por meio das políticas a serem executadas. Assim sendo, a finalidade da lista de capacidades é orientar, ou sugerir, normas éticas e de cuidado para com todos os seres humanos, avançando na busca pela justiça social e promoção dos direitos humanos. A pesquisa será desenvolvida com base no método de abordagem hipotético-dedutivo, utilizando uma base teórica presente na filosofia política contemporânea.
A concepção de justiça social pensada por Amartya Sen e Martha Nussbaum, tem por objetivo um ideal de sociedade que visa a promoção das necessidades humanas fundamentais. Nesse contexto, o presente artigo analisa como a abordagem das capacidades, desenvolvida de maneira particular por ambos os autores, serve de suporte para a construção de uma sociedade mais igualitária. Especificamente, como as políticas públicas, que emergem para a realização das demandas sociais e a promoção da dignidade, poderiam ser pensadas a partir do enfoque das capacidades com intuito de colaborar para o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva. O estudo será desenvolvido segundo o método de abordagem hipotético-dedutivo, utilizando uma base teórica presente na filosofia política contemporânea. Conclui-se que o enfoque das capacidades serve como uma referência as políticas públicas a serem construídas e implementadas, objetivando um processo inclusivo e assistencial. A lista de capacidades apresentadas por Nussbaum avança no processo de efetivação da justiça social, para além de Sen. A partir de sua teoria, a autora orienta formas de cuidado para com todos os seres humanos de maneira a promover a justiça social e o respeito aos direitos humanos.
O artigo analisa a realidade latino-americana, considerando as injustiças sociais presentes nessa região, de maneira a traçar um possível caminho para um novo pacto social que possibilite pensar políticas públicas eficientes. Nesse contexto, é fundamental estabelecer uma relação entre desigualdade, pobreza e desenvolvimento, considerando que as privações podem produzir redução das capacidades dos indivíduos e a (in)efetividade das políticas públicas para promoção dos direitos sociais. Para seu desenvolvimento o estudo dialoga com a abordagem das capacidades do economista Amartya Sen e com o fenômeno da aporofobia da filósofa Adela Cortina.
O presente artigo analisa a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas – ONU –, bem como seus 17 objetivos de desenvolvimento sustentável delineados em 169 metas. Considera o estudo das desigualdades, da efetivação dos direitos humanos e das problemáticas contemporâneas que permeiam os cenários sociais, políticos e econômicos nos países, em especial no Brasil, compreendendo a importância da efetivação de políticas que contemplem o caráter transversal e transdisciplinar. O documento, ratificado por 193 Estados-membros, visa a garantir a justiça social plena e efetiva às nações signatárias e objetiva uma significativa melhora nas condições de bem-estar, possíveis por meio de políticas públicas. Garantir a continuidade de ações equitativas por intermédio de planos de governos sólidos, permanentes, integratórios, sustentáveis e sustentados, é fundamental, possibilitando um desenvolvimento das sociedades para o presente e o futuro de forma justa e igualitária.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.