;. ESTENOSE CÁUSTICA DE ESÔFAGO E ESTÔMAGO: TRATAMENTO ENDOSCÓPICO -RELATO DE CASO. ABCDExpress. 2017;1(2):789.Instituição: HOSPITAL FELICIO ROCHO APRESENTAÇÃO DO CASO: LMN, sexo feminino, oito anos, com história de ingestão acidental de detergente de ordenha, um alcalino clorado, em março de 2014. Foram realizados dois exames endoscópicos nas primeiras 48 horas, que evidenciaram apenas edema e hiperemia de mucosa esofagiana, lesões Grau 1 de Zargar. A paciente evoluiu com disfagia e, após 30 dias do acidente, foi submetida à primeira dilatação de esôfago, no hospital de origem. O procedimento complicou com perfuração do órgão, que foi tratada conservadoramente com sucesso. Três meses após o acidente, a criança foi encaminhada ao serviço atual de tratamento. Após 43 sessões de dilatação do esôfago, no período de 26 meses, foi possível a progressão do aparelho até o estômago, onde se observou outra área de estenose, no antro. Foram realizadas 5 sessões de dilatação gástrica, obtendo-se melhora importante da estenose antral e esvaziamento gástrico adequado. Atualmente a paciente continua em tratamento endoscópico da estenose esofagiana, porém sem necessidade de novas dilatações gástricas. O tratamento endoscópico tem sido eficiente em manter a criança com alimentação por via oral, em bom estado nutricional. DISCUSSÃO: A ingestão de cáusticos é causa importante de morbi-mortalidade infantil. Nos EUA ocorrem cerca de 20mil casos por ano, sendo mais da metade em crianças. Esse número é ainda maior em países em desenvolvimento, que carecem de legislação rígida para a comercialização desses produtos. A venda de produtos com concentrações altas de bases e ácidos fortes torna esses acidentes mais graves. A estenose de esôfago após ingestão de cáustico ocorre em 10 a 15% dos casos e a terapêutica endoscópica é atualmente o tratamento de escolha. COMENTÁRIOS FINAIS: A associação de estenoses esofagiana e gástrica é rara e sua abordagem é complexa. O refluxo gastroesofágico secundário à estenose gástrica é fator importante para manutenção da estenose esofagiana e refratariedade ao tratamento. A terapêutica endoscópica tem papel fundamental no manejo desses pacientes, pois permite a preservação do órgão lesado e possui baixas taxas de complicação. Entretanto, seu sucesso demanda um acompanhamento longo dessas crianças, com dedicação e persistência. ABCDExpress 2017;1(2):789Codigo: 63813 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
;. ABORDAGEM ENDOSCÓPICA DA ESOFAGITE EOSINOFÍLICA COMPLICADA COM ESTENOSE. ABCDExpress. 2017;1(2):786.Instituição: SANTA CASA DE BELO HORIZONTE APRESENTAÇÃO DO CASO: PHAM, masculino, 14 anos, com história de engasgos com alimentos sólidos há 18 meses. Submetido a EDA em 08/2016 observando-se no terço proximal do esôfago espessamento da mucosa, estrias longitudinais e estenose com 7mm de diâmetro a 18cm da arcada dentária superior (ADS), que impediu a passagem do aparelho. As biópsias evidenciaram mais de 20 eosinófilos por campo de grande aumento. Iniciado o tratamento com Omeprazol 40mg BID. Manteve sintomas, sendo programada nova EDA em 12/2016 que mostraram as mesmas alterações. Iniciada fluticasona spray em dose otimizada e mantido o uso do omeprazol. Em 05/2017, paciente retorna com os mesmos sintomas e sem melhora endoscópica e histológica. Considerando a refratariedade ao tratamento, foi encaminhado a dilatação endoscópica. Submetido a primeira dilatação em 06/2017 com vela de Savary-Gilliard 9mm, ocorrendo laceração da mucosa, sendo possível a progressão do aparelho pelo esôfago. DISCUSSÃO: A Esofagite Eosinofílica (EoE) é uma doença caracterizada pela infiltração acentuada de eosinófilos no esôfago. Sua origem é idiopática ou alérgica, podendo ocorrer de forma isolada ou, menos frequentemente, associada a gastroenterite eosinofílica generalizada. Há um predomínio no sexo masculino, principalmente em crianças e adultos jovens. A sintomatologia predominante na criança são os vômitos e a dor abdominal, enquanto que no adulto jovem predomina a disfagia e o desconforto retroesternal. O diagnóstico ocorre através da endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsias do esôfago. O tratamento clínico é resolutivo na maioria dos casos, porém, podem ocorrer algumas complicações nos casos refratários, sendo a mais grave, a estenose do esôfago. COMENTÁRIOS FINAIS: A estenose esofágica nos pacientes com EoE reduz, na sua grande maioria, apenas com o tratamento farmacológico. Neste caso, foi necessária a dilatação endoscópica do esôfago devido a manutenção dos sintomas e da estenose do esôfago após o tratamento clínico otimizado, sendo possivelmente necessária novas dilatações para avaliação da resposta ao tratamento endoscópico realizado. ABCDExpress 2017;1(2):786Codigo: 63929 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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