O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) consiste em um grupo de alterações do desenvolvimento neurológico e acomete, em nível global, cerca de 1 a cada 160 crianças. Os distúrbios motores são encontrados em até 79% dos indivíduos com autismo, e estão correlacionadas ao desempenho da linguagem e o comportamento social. Este estudo buscou responder a seguinte questão: As habilidades motoras podem estar correlacionadas ao desenvolvimento da linguagem expressiva no autismo? A pesquisa foi realizada no nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs, Scopus e Web Of Science. Foram utilizados termos em inglês, padronizados e extraídos dos Descritores em Ciências da Saúde (DECS) e do Medical Subject Headings (MeSH). Foram incluídos artigos originais, publicados em periódicos nacionais e internacionais nos anos de 2015 a 2020, nos idiomas inglês e português. A pesquisa resultou em 12.822 artigos, sendo incluídos 7 artigos após a seleção. Os caminhos percorridos até o desenvolvimento e a manifestação dos déficits motores e da linguagem no autismo ainda constituem uma lacuna para a ciência, no entanto, a literatura científica explorada permite estabelecer uma potencial relação de interferência bilateral entre esses fatores, permitindo amplificar o universo de investigações na abordagem motora destes déficits.
Este estudo buscou investigar a contribuição do Peer-Mentoring na formação acadêmica de base e educação continuada de profissionais da saúde, bem como identificar as principais limitações, desafios e alternativas para atingir o sucesso de sua implementação. Trata-se de um estudo de revisão integrativa com busca sistemática, realizada nas bases de dados PubMed, Scopus, Web Of Science, Education Resources Information Center (ERIC) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram incluídos artigos eletrônicos, disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e/ou espanhol e publicados nos últimos 5 anos. Excluiu-se os estudos do tipo revisão de literatura, resumos, carta ao editor, manuscritos duplicados e estudos que não apresentaram relação com a temática. Os seguintes descritores foram combinados com os operadores booleanos AND e OR: “Peer-Mentoring”, “Peer Group”, “Mentoring”, “Mentors”, “Health Education” e "Education, Medical”. Foram coletados 31 artigos elegíveis, que passaram por uma análise na íntegra e fichamento dos dados. Os estudos foram agrupados em cinco categorias de análise: (1) contribuição do Peer-Mentoring no processo de formação acadêmica; (2) impacto do Peer-Mentoring na educação continuada de profissionais da saúde educação continuada; (3) limitações são encontradas durante a execução do Peer-Mentoring; (4) desafios pedagógicos que devem ser vencidos, no transcurso da mentoria entre pares; (5) Como atingir o sucesso durante a implantação e execução de programas de Peer-Mentoring?. O Peer-Mentoring mostrou-se capaz de melhorar significativamente o processo de ensino em saúde. Perspectivas futuras apontam para uma maior adesão, por parte das instituições de ensino, em inserir a mentoria entre pares nos programas pedagógicos.
Introdução: Os enfermeiros da linha de frente enfrentam uma enorme carga de trabalho, fadiga de longo prazo, ameaça de infecção e frustração com a morte de pacientes de quem cuidam. Objetivo: Investigar as atuais evidências sobre o surgimento de quadros psiquiátricos em enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva atuantes durante a pandemia da Covid-19. Metodologia: Estudo de revisão integrativa com busca sistemática, realizada nas bases de dados PubMed, Embase, Cochrane Wiley, e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram: (1) artigos eletrônicos, (2) disponíveis na íntegra, (3) nos idiomas português, inglês e/ou espanhol. Foram excluídos resumos, carta ao editor e estudos que não apresentaram relação com a temática. Resultados: Após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram incluídos no estudo 21 artigos. Os principais fatores de risco encontrados foram: Trabalho em cuidados críticos voltados para pacientes com Covid-19, Uso de equipamentos de biossegurança, Infraestrutura hospitalar; Fornecimento inadequado de Equipamentos de Proteção Individual, Idade, gênero, estado civil, especialidade e proximidade com os pacientes Covid-19; Impossibilidade de atender às necessidades psico-socioemocionais dos pacientes e familiares; Dificuldade de externalizar suas emoções; Falta de experiência profissional e Medo de contrair o vírus e infectar outras pessoas. Os principais fatores de risco para os desfechos citados acima foram: Exaustão emocional; estresse psicológico; ansiedade; insônia; medo; raiva e frustração. Conclusões: Os enfermeiros que atuam na UTI durante a pandemia da Covid-19apresentaram quadros de alterações psiquiátricas, tendo como principais fatores causais o estresse emocional, gerado por inadequações estruturais e organizacionais nas instituições de saúde.
Introdução. Estudos na neurobiologia da depressão mostram uma desregulação de neurotransmissores em regiões cerebrais relacionadas à emoção, recompensa e funções executivas em indivíduos acometidos pela doença. A prática regular de exercício físico mostra-se como um importante aliado contra a depressão. Método. Buscou-se por meio de uma revisão sistemática, material bibliográfico de 2010 a 2021 que descrevesse o efeito neuroprotetor do exercício físico no tratamento da depressão. Utilizamos os descritores: Depressão, Neuroproteção e Exercício Físico nas bases de dados PubMed, LILACS, Science Direct, Web of Science e SCIELO. Resultados. Foram selecionados 04 artigos. O exercício físico regular promove alterações neurofisiológicas e neuroquímicas capazes de influenciar a doença, destacando-se o BDNF e o IGF-1 como fatores pró neurogênicos e alterações bioquímicas, somadas às alterações no eixo HPP durante o tratamento da depressão. Ressalta-se que o período de treinamento foi determinante para o efeito neuroprotetor. Tais evidências configuram o exercício físico como um excelente aliado no tratamento da depressão, principalmente a leve. Conclusão. Sugere-se pesquisas com duração de 09 semanas do protocolo de treinamento físico. Incentivamos mais pesquisas sobre os efeitos complexos induzidos pela inflamação do exercício. Além disso, podemos inferir que o estudo poderia ter resultados diferentes se o tempo para análise dessa neuroproteção fosse estendido ou se a monitoração de LPS fosse adicionada para controlar níveis de LPS x tempo de exercício x melhora do quadro depressivo.
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