Por cerca de dez anos, os governos vêm experimentando as ideias de "governo aberto" e "dados abertos". Pensa-se que estimular um governo transparente e aberto através da publicação de dados seja uma nova fase na democratização e emancipação dos cidadãos. Entusiastas de dados abertos (às vezes) argumentam que essas vantagens devem ser alcançadas por meio da disseminação de dados para 'intermediários' e não necessariamente para o cidadão comum. Grupos como jornalistas, analistas de dados e ativistas são considerados os caminhos pelos quais os dados governamentais são e devem ser transformados em informações e comunicados ao público. No regime legal de acesso às informações do governo, a noção de que os intermediários têm uma reivindicação mais premente das informações do governo parece permitir uma analogia à chamada abordagem de "vigilância pública" que o Tribunal Europeu de Direitos Humanos adotou no artigo 10, relacionado à liberdade de expressão. O mandamento do artigo 10 pode abranger um direito limitado à informação, mas apenas para aqueles que executam essa função de fiscalização. No entanto, em muitas das leis que lidam mais diretamente com informações do governo, o critério implícito ou explícito é que qualquer pessoa tenha o mesmo acesso em princípio. Neste artigo, analisamos o papel e a função de intermediários no contexto da política holandesa de dados abertos a partir de duas perspectivas diferentes. Em nossa análise jurídica, exploramos os vínculos entre vários níveis internacionais relacionados ao direito à informação e à política de dados abertos da Holanda. Do ponto de vista da filosofia política, questionamos a distinção estabelecida entre intermediários e público em termos de divulgação de dados e informações. Até que ponto faz sentido diferenciar os cidadãos com base em sua função ou trabalho? Qual é a diferença moral entre jornalista e cidadão a esse respeito? As expectativas de acesso às informações do governo são altíssimas. Até que ponto estamos subcontratando-os?
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