Introdução: Estudos que adotaram os indicadores antropométricos de risco cardiovascular na avaliação de pacientes com doença renal crônica (DRC) em fase não dialítica são escassos. Objetivo: Avaliar o risco cardiovascular por indicadores antropométricos em pacientes com DRC em fase não dialítica e fatores associados. Métodos: Estudo transversal com 106 pacientes atendidos em hospital universitário, em São Luís-MA. Aplicou-se formulário estruturado com informações sociodemográficas, estilo de vida, morbidades e estadiamento da doença renal. Para avaliação antropométrica e identificação do risco cardiovascular, adotaram-se os indicadores: índice de massa corporal, circunferência da cintura, circunferência do pescoço, diâmetro abdominal sagital, relação cintura-estatura e índice de conicidade. Os testes do Qui-quadrado de Person e Exato de Fischer avaliaram a associação entre as variáveis e adotou-se o nível de significância p<0,05. Resultados: Pela circunferência da cintura, houve risco cardiovascular muito elevado nas mulheres (75,4%), e pelo índice de conicidade, todas estavam em risco (p<0,001). Nos pacientes com ≥60 anos de idade, houve risco cardiovascular pelos indicadores diâmetro abdominal sagital (77,5%), razão cintura-estatura (92,6%) e índice de conicidade (98,2%) (p<0,005). A circunferência do pescoço apontou risco elevado nos fumantes (100,0%) e etilistas (88,9%) (p=0,001). Pela circunferência do pescoço (73,5%) e razão cintura-estatura (91,7%), os renais crônicos diabéticos apresentaram risco cardiovascular elevado (p<0,05). Conclusão: O risco cardiovascular evidenciado por diferentes indicadores antropométricos aponta que ações de promoção da saúde devem ser implementadas, de modo a melhorar o estilo de vida e contribuir para o melhor prognóstico desses pacientes.