Este estudo tem como objetivo relacionar os resultados obtidos por meio do roteiro Indicadores Clínicos de Referência ao Desenvolvimento Infantil (IRDI) com fatores obstétricos, psicossociais e sociodemográficos. Foram acompanhados 25 bebês nascidos pré-termo e 55 nascidos a termo entre os três e nove primeiros meses de vida, enfocando a presença ou ausência de risco psíquico. As variáveis que apresentaram relação com o desfecho presença de risco psíquico foram o bebê ser do sexo masculino, o tipo de aleitamento nos seis primeiros meses ser exclusivo ou acompanhado de fórmula infantil, a mãe não possuir um companheiro que lhe auxilie nos cuidados do bebê, a mãe ter idade entre 20 e 35 anos e o bebê não conseguir dormir sozinho em seu berço ou carrinho aos nove meses. Tais fatores apresentaram-se associados a alterações na relação mãe-bebê, repercutindo no resultado do IRDI, consequentemente, assinalando para possíveis impasses na constituição psíquica e/ou em outros aspectos do desenvolvimento infantil.
RESUMO Objetivo Comparar o nível de concordância estatística entre os Sinais PREAUT e os Indicadores Clínicos de Risco/Referência ao Desenvolvimento Infantil (IRDI) na identificação de risco e analisar a frequência de risco psíquico considerando a variável idade gestacional. Método A amostra total contou com 80 bebês, sendo 55 bebês nascidos a termo e 25 bebês nascidos pré-termo, considerando a idade corrigida. Foram excluídos todos os bebês que apresentaram qualquer espécie de síndrome genética, lesões neurológicas ou déficits sensoriais. O IRDI e os Sinais PREAUT, além de uma entrevista semiestruturada foram utilizados como instrumento de coleta de dados. A análise estatística avaliou o grau de concordância entre os Sinais PREAUT e o IRDI a partir do coeficiente de concordância kappa. Resultados Foi observada uma concordância perfeita na identificação de sujeitos em ambos protocolos aos nove meses, embora essa identificação se dê por sinais fenomênicos distintos. A frequência de risco psíquico em bebês prematuros foi superior (24%) à frequência em bebês nascidos a termo (20%). O risco psíquico foi considerável na amostra estudada aos nove meses (21,25%). Conclusão Houve uma concordância total entre ambos os protocolos na identificação de risco psíquico aos nove meses, cuja frequência foi importante na amostra estudada.
Quando nasce uma criança com deficiência, é necessária a reidealização do filho para que os pais possam lidar com as suas limitações e atender as suas demandas, resultando em uma adaptação parental adequada ao filho real. O presente artigo objetivou realizar uma revisão sistemática sobre a adaptação parental. Para tanto, investigaram-se as bases de dados Pubmed, BVS, Scopus e Cochrane, utilizando os termos Family adaptation, family impact, disabled children, no período de agosto a setembro de 2017. Foram analisados 21 artigos completos. Os resultados apontam que as famílias com um(a) filho(a) com alguma deficiência enfrentam inúmeros desafios, afetando diretamente a adaptação familiar e as estratégias de enfrentamento. Foram elaboradas três categorias para apresentar os resultados: impacto familiar ante o diagnóstico da deficiência; estados emocionais parentais e consequências sociais; fatores que interferem na adaptação familiar e nas estratégias de enfrentamento. Foi possível concluir que são aspectos centrais na adaptação parental: a) a identificação precoce de fatores positivos e negativos que impactam no processo de reidealização do filho; b) a abordagem interventiva precoce centrada na família, que considere esses fatores objetivando a busca de um enfrentamento focado na resolução de problemas; c) a criação de condições sociais de apoio às famílias.
Resumo. Este artigo analisa a evolução linguística e cognitiva de dois bebês em sofrimento psíquico, um deles com risco para estruturação autista e outro não autista, e compara dois instrumentos de identificação do risco psíquico, os Indicadores Clínicos de Risco/Referência ao Desenvolvimento Infantil (IRDI) e o Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). A análise do brincar evidenciou atraso de linguagem e cognitivo em ambos os casos, sendo esse atraso mais importante no caso de risco para autismo. O IRDI conseguiu diferenciar melhor a direção da estruturação psíquica do que o M-CHAT. Palavras-chave: psicanálise; risco psíquico; autismo; desenvolvimento infantil; linguagem infantil. Lenguaje, cognición y psiquismo: análisis del brincar de dos bebés con histórico de sufrimiento psíquicoResumen. Este trabajo tiene como objetivo analizar la evolución lingüística y cognitiva de dos niños en sufrimiento psíquico, uno de ellos en riesgo de autismo y otro en riesgo de una estructura no autista, y comparar dos instrumentos de identificación del riesgo psíquico, los Indicadores Clínicos de Riesgo para el Desarrollo Infantil (IRDI) y la Lista de Verificación Modificada para el Autismo en Niños Pequeños (M-CHAT). El análisis del juego mostró un retraso cognitivo y en el lenguaje en ambos casos, siendo este retraso más importante en el caso de riesgo de autismo. Los IRDI lograron diferenciar mejor la dirección de estructuración psíquica que la M-CHAT. Palabras clave: psicoanálisis; riesgo psíquico; autismo; desarrollo infantil; lenguaje infantil Estilos da Clínica, 2019, V. 24, nº 1, p. 84-97 85 Language, cognition and psychism: analysis of the playing of two babies with history of psychic suffering Abstract. This paper aims to analyze the linguistic and cognitive evolution of two babies in psychic suffering, one of them at risk for autism and the other one with non-autistic structuring, and compares two instruments of identification of psychic risk, the Clinical Indicators of Risk/Reference to Child Development (IRDI) and the Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). The analysis of playing showed a delay in language and cognitive in both cases, being this delay more important in the case of risk for autism. IRDI managed to better differentiate the direction of psychic structuring than M-CHAT.
Objetivo: Analisar a associação entre presença de risco psíquico, a partir do questionário PREAUT, e fatores obstétricos, sociodemográficos e psicossociais, em bebês nascidos a termo e pré-termo entre um e nove meses de idade. Método: A amostra foi de 80 bebês, 25 nascidos pré-termo e 55 a termo avaliados a partir de entrevista semi-estruturada e aplicação do questionário PREAUT. Resultados: Houve associação entre presença de risco psíquico e o fato de a mãe cuidar sozinha do bebê, não apresentar uma atividade profissional, o bebê ser do sexo masculino, apresentar dificuldades alimentares como refluxo e engasgos, bem como não explorar o próprio corpo e o ambiente a sua volta. Conclusão: Houve associação entre presença de risco psíquico, a partir do questionário PREAUT e fatores obstétricos, sociodemográficos e psicossociais.
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