Resumo: Introdução: A morte é um fenômeno universal que permanece fruto de intenso debate, e, embora ainda exista uma tendência de evitação sobre o tema, ela perdura como elemento importante no processo saúde-doença. Dessa forma, o luto e as percepções sobre a morte tornam-se mais complexas, sobretudo para os indivíduos despreparados para enfrentar o falecimento, recorrente nos âmbitos social e profissional da prática médica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção de estudantes de Medicina da Universidade Federal do Amapá (Unifap) acerca da morte, do processo de morrer e do luto. Método: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo com uso de método misto, qualitativo e quantitativo. A amostra foi composta por alunos da disciplina “Emoções no Processo Saúde/Doença/Morte” do curso de Medicina da Unifap, que responderam a um questionário sociodemográfico, de experiência com a morte e de percepções acerca do processo de morte e morrer. Para dados quantitativos, realizou-se estatística descritiva, e, para os qualitativos, adotou-se o método de análise de conteúdo de Bardin, de modo a formar agrupamentos semânticos e utilizá-los para comparar grupos. Utilizaram-se tagclouds para sumarizar respostas segundo importância e frequência. Resultado: Observou-se um entendimento da morte como processo natural em 55,6% da amostra, e, no que tange às estratégias de enfrentamento do luto, 7,4% afirmaram não apresentar estratégias, predominando a solução de problemas em 24,1%, seguida pela autoconfiança em 22,2% e pela acomodação em 20,4%, como estratégia usual. Ademais, 35,2% revelaram apresentar preparo acadêmico-profissional emocional para lidar com a situação de morte de um paciente, enquanto 51,9 e 50% revelaram diretamente despreparo acadêmico-profissional e emocional, respectivamente. Nesse sentido, as emoções tristeza, angústia e saudade foram as mais relacionadas à morte, ao processo de morrer e ao luto, considerando frequência de citação na percepção evocada pelos estudantes. Conclusão: Observou-se globalmente maior percepção de despreparo diante da morte. A análise do inconsciente evocado demonstrou emoções como tristeza e angústia associados à morte, ao morrer e ao luto. Dessa forma, faz-se elementar abordagens contínuas e frequentes, com associação prática, sobre o processo da morte longitudinalmente na graduação.
Objetivo: analisar o comportamento da letalidade e mortalidade e o perfil de desenvolvimento da COVID-19 nos estados de maior risco de adoecimento até 15 de março de 2021. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo e analítico dos dados epidemiológicos dos estados da faixa vermelha de risco de adoecimento até a data de 15 de março de 2021. Na análise, priorizou-se 04 municípios com maior incidência em cada estado. Resultados e Discussão: Maior contribuição de casos confirmados observado na região Sudeste, Nordeste, Centro Oeste e Norte, respectivamente. Dos 13 estados, 07 deles em apenas 04 municípios contribuíram com mais de 40% de casos confirmados. As taxas de mortalidade variaram de 0,07 (Maranhão) a 1,08 (Pará) e as taxas de letalidade entre os estados variaram de 1,34 (Amapá e Tocantins) e 2,90 (São Paulo). Nos estados com maior concentração de casos confirmados em menor número de municípios, existe a possibilidade de bloqueio da doença, através de ações especificas, enquanto nos estados em que disseminação do vírus é observada em vários municípios, a tendência de descontrole é evidente. Conclusão: Estratégias de controle sugeridas: educação para a saúde; uso de máscara obrigatória, participação dos educadores do ensino público e privado na educação sanitária junto ás famílias de seus alunos; barreiras sanitárias nas rodovias dos municípios que juntos estejam acima de 40% de casos confirmados, uso da inteligência local em saúde, que combina o rastreamento de contatos e testes rápidos para mitigar surtos de COVID-19, por todos os gestores das três esferas de governo e avaliações periódicas do quadro epidemiológico, para que as estratégias implementadas continuem ou sejam aperfeiçoadas.
O estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis gestacional no Estado do Amapá no quinquênio de 2014 a 2018, associando com variáveis sociodemográficas e clínicas, e avaliar a distribuição espaço-temporal da doença nos municípios atráves de dados plotados em mapas usando o SIG. Estudo epidemiológico retrospectivo transversal, de natureza quantitativa e abordagem descritiva. As informações sobre as notificações de sífilis em gestantes foram retiradas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o número de nascidos vivos do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e as malhas geográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 2014 a 2018, registraram-se 986 casos de sífilis em gestantes, com o maior número de casos no município de Macapá (646) e a maior incidência em Serra do Navio (26,55). A maioria das notificações ocorreu na faixa etária de 20 a 29 anos (47,7%), na raça/cor parda (74,75%), em gestantes com 5ª a 8ª série incompleta (22,21%), em donas de casa (58,82%), no terceiro trimestre gestacional (50,71%) e a classificação da doença na fase primária (27,28%). Para confirmação diagnóstica, somente 29,51% utilizaram ambos os testes, não treponêmico e treponêmico. O tratamento que prevaleceu foi Penicilina G benzatina 7.200.000 UI (49,39%). Os achados indicaram aumento anual das notificações, assim como crescimento considerável no coeficiente de incidência anual nos municípios do Amapá, revelando a necessidade de interrupção da cadeia de transmissão da sífilis.
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