IntroduçãoO objetivo deste artigo é analisar como os partidos políticos incluem temas da agenda ambiental em seus programas partidários na atualidade. O propósito é mapear como se dá a incorporação das pautas ecológicas nos websites das legendas e como as temáticas ambientais são articuladas nos programas partidários e que aspectos são enfatizados, além das propostas políticas apresentadas, do perfil de governança defendido pelos partidos e pela noção de sustentabilidade que orienta o discurso partidário. O artigo pretende contribuir para a compreensão do processo político que levou a agenda ambiental a ser apropriada e incorporada pelos programas e bandeiras dos partidos políticos, considerando que as diversas legendas representam a pluralidade ideológica da política (Peirano, 2011). Portanto, oferecem, no âmbito do sistema de representação democrático liberal, as possibilidades de adesão política aos eleitores. As diferentes agremiações correspondem às distintas visões e divisões do mercado político e dos movimentos ecológicos.O período eleitoral é relevante por se tratar do momento em que, ao lançarem suas candidaturas, os partidos usam variadas estratégias para reforçar seu papel na mediação política e seu poder de palavra e de influência na esfera pública. Ficam em evidência, portanto, as estratégias de publicidade política, entendidas como uma forma de propaganda das legendas a fim de consolidar seu poder. Essa provavelmente é uma das razões que explicam a ampla adesão dos partidos à defesa de argumentos e práticas relacionados à agenda socioambiental. Durante a campanha eleitoral os candidatos tornam-se porta-vozes do discurso das legendas.É oportuno ressaltar que a agenda ecológica adquiriu projeção com a intensa midiatização do tema, especialmente a partir da Cúpula da Terra (Rio-92), resultando em uma crescente visibilidade midiática (Barros, 2013). Da mesma forma, a política tornouse um fenômeno igualmente midiatizado, o que inclui a atuação dos partidos. Além dos media convencionais, Urbinati (2013a, 2013b) destaca o papel da internet nesse processo de midiatização, tornando-se um "suporte sem precedentes para a democracia de audiência" (2013a, p. 10).Várias análises enfatizam a crise da mediação política nas sociedades contemporâneas, representada, em boa parte, pela crise dos próprios partidos, o que resultou na chamada desideologização partidária (Panebianco, 1990). Outros autores http://dx
Resumo Analisa as audiências públicas interativas promovidas pela Câmara dos Deputados, com base no acompanhamento direto das audiências durante o ano de 2015 pela internet. Além disso, foram realizadas entrevistas em profundidade com as equipes responsáveis pela gestão das audiências interativas e uma enquete com os cidadãos participantes. O referencial teórico é focado em aspectos específicos da Sociologia Política e da Ciência Política, privilegiando abordagens sobre a deliberação on-line. Os dados mostram o predomínio das interações entre os próprios cidadãos, com pouca interlocução parlamentar. Além disso, a pesquisa revela que as interações voltadas para a deliberação propriamente dita ficam em segundo plano, com o predomínio de elementos típicos da conversação cotidiana. Apesar disso, a enquete realizada com os cidadãos mostra entusiasmo deles em relação à participação. A discussão mostra que as audiências públicas interativas vão além da função informacional identificada na literatura. Os resultados indicam novas contribuições das audiências no formato virtual, como a formação de comunidades de interesse, as trocas de opiniões e experiências entre os cidadãos interagentes e a vigilância cidadã sobre as atividades do parlamento.
Resumo O artigo tem como objetivo analisar o comportamento político dos eleitores jovens perante o pleito municipal de 2016 no Brasil, com base em questionário aplicado a 1.221 sujeitos, após o segundo turno das eleições. O questionário contempla aspectos como: (a) o que motiva/desmotiva os jovens a votar para prefeito e vereador; (b) quais as qualidades dos candidatos que são mais valorizadas por eles; (c) por que votam em branco ou nulo; (d) o comportamento deles durante a campanha eleitoral; (e) os temas de maior interesse durante o debate eleitoral; (f) as fontes de informação política mais usadas pelos informantes. Entre os resultados, destaca-se um paradoxo: os jovens manifestam insatisfação com a política e por isso votam em branco ou nulo como protesto, porém, os dados revelam motivações que se situam na esfera tradicional, como o voto em candidatos provenientes de famílias que já atuam na política local.
RESUMO: Analisa, sob a perspectiva sociopolítica, a relação entre educação e legislação e como ambas convergem para o aprendizado político do cidadão, a formação da cultura cívica e o fortalecimento da cultura democrática. Os pressupostos teóricos são ancorados em contribuições reconhecidas do campo da sociologia política, com ênfase para os autores que enfatizam o papel político da educação nas sociedades democráticas, como Max Weber e Hannah Arendt. As conclusões ressaltam os contributos desses autores para a compreensão da inserção social da educação política nas relações do cotidiano e suas práticas de construção, interpretação e compartilhamento de sentidos no mundo vivido, espaço em que o aprendizado político se aplica no plano concreto da existência humana.Palavras-chave: Educação política. Educação e legislação. Aprendizado político. Cultura democrática. Education and law: challenges for learning political and democratic cultureABSTRACT: Analyzes, under the sociopolitical perspective, the relationship between education and law and as both converge to the citizen's political learning, the formation of civic culture and strengthening of democratic culture. The theoretical contributions are anchored in recognized contributions in the field of political sociology, with emphasis on the authors that emphasize the political role of education in democratic societies, such as Max Weber and Hannah Arendt. The conclusions highlight the contributions of these authors to the understanding of social inclusion of education policy in their daily relations and building practices, interpretation and sharing of meaning in the living world, space in which the political learning is applied at the concrete level of human existence.
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