Artigo recebido em 11 de junho de 2016, versão final aceita em 11 de agosto de 2016. RESUMO:As zonas costeiras e seus ecossistemas associados sofrem pressões pelos usos e atividades humanas, levando a alterações importantes destes ambientes. Estas alterações levam à perda de serviços ecossistêmicos e seus benefícios, afetando as populações que dependem direta ou indiretamente destes serviços. Sendo assim, a gestão costeira integrada deve ocupar-se em manter e melhorar o bem-estar humano, prevenindo a alteração dos ambientes costeiros com diversos instrumentos operativos e estratégicos. Dentre esses instrumentos, destacam-se os Planos Diretores Municipais, os quais devem absorver os princípios de um planejamento urbano que conserve ou recupere as funções dos sistemas ambientais que dão suporte a estes serviços e benefícios. Conforme o plano de manejo da Estação Ecológica de Carijós, as áreas de vegetação de restinga, manguezal e banhado no seu entorno cumprem um importante papel de amortecimento dos impactos causados pela urbanização à biota. Portanto, é importante comparar a atual proposta de plano diretor do município para esta área com as restrições às ocupações previstas na legislação ambiental e quantificar as potenciais perdas ecossistêmicas e dos serviços associados. Este trabalho se baseou em levantamento de vegetação, cursos d'água e ocupação do solo existente, correlacionando as restrições legais. Os resultados foram comparados com dados do plano diretor para o município de Florianópolis. Foram então analisados os ecossistemas possivelmente atingidos e os serviços ecossistêmicos a eles associados, por meio de sobreposição de imagens e mapas. Com base nos resultados, conclui-se que o plano diretor encontra-se em desacordo com a legislação ambiental em vigor, assim como com as legislações que envolvem prevenção às catástrofes naturais. Da análise dos serviços ecossistê-micos relacionados aos diversos ambientes potencialmente impactados, é possível vislumbrar a perda destes serviços, levando a um cenário impactante não só à biodiversidade, mas também ao bem-estar social.Palavras-chave: unidade de conservação; serviços ecossistêmicos; plano diretor; ilha de Santa Catarina.
Os ecossistemas contribuem, por meio de seus Serviços Ecossistêmicos (SEs) diretos ou indiretos, para o bem-estar humano. Desse modo, para que os ecossistemas mantenham uma condição saudável, a gestão com base em ecossistemas aborda as interações homem-meio, para que seus serviços sejam apropriados de maneira sustentável. O presente trabalho tem como objetivo dar subsídios para uma gestão costeira integrada da Ilha de Santa Catarina (ISC) e entorno, município de Florianópolis, com base em uma perspectiva ecossistêmica. Para isso, foram necessários o mapeamento de ecossistemas, a elaboração e a análise de uma matriz de serviços, e a definição dos serviços básicos para o bem-estar humano, ou seja, os serviços que possuem maior capacidade de contribuir para um meio de vida seguro e adequado. O mapeamento realizado possibilitou a classificação de 14 ecossistemas na área de estudo. Os ecossistemas marinhos correspondem a 51,9% e os terrestres a 37,3%. As áreas antropizadas urbanas e rurais correspondem a 10,8% da área de estudo. Foram identificados seis SE básicos na ISC, associados a 11 ecossistemas mapeados: estoque pesqueiro, proteção da linha de costa, recarga de aquífero, recurso hídrico, depuração de poluentes e berçário natural. O Sistema de Informações criado permitiu a realização de consultas quantitativas e qualitativas sobre os ecossistemas e seus serviços e o aperfeiçoamento dos dados apresentados na matriz de sistemas e serviços já existente. Além disso, estabeleceu relações espaciais entre sistemas e serviços, dando condição a futuros trabalhos de pesquisa na região.
Artigo recebido em 5 de junho de 2016, versão final aceita em 11 de agosto de 2016. RESUMO:Os ambientes marinho-costeiros do Brasil são os mais afetados pelo processo de ocupação humana, ocasionando considerável degradação ambiental, sendo necessárias ações que orientem um gerenciamento integrado, visando manter a integridade dos ecossistemas. No Brasil, uma das estratégias utilizadas para conservação do meio ambiente e gestão da zona costeira é a criação de unidades de conservação (UC). A lei que cria o Sistema Nacional de Unidades de Conservação define diretrizes para que unidades de conservação próximas, justapostas ou sobrepostas sejam geridas de forma integrada e participativa. Nesse sentido, as UCs marinho-costeiras de Santa Catarina foram objeto de iniciativas visando à integração da gestão das UCs federais no Estado que culminaram na criação do Núcleo de Gestão Integrada das Unidades de Conservação Marinho-Costeiras de Santa Catarina. O presente trabalho visa avaliar o quanto essas iniciativas realmente se traduziram em ações práticas hoje estabelecidas, bem como os motivos do alcance ou não desses resultados. Embora tenham sido observados trabalhos envolvendo o apoio entre as UCs, estes não puderam ser caracterizados como parte de uma gestão integrada, já que a mesma deveria partir da premissa de que o planejamento e as decisões sejam construídos de forma conjunta, visando ao território como um todo. Necessária se faz a real integração das UCs federais em análise. Essa integração não deverá se limitar a suprimir as deficiências estruturais do órgão público, mas garantir o atendimento às exigências legais, às normativas institucionais e às decisões coletivas, alcançando uma maior coerência da gestão territorial, assim como uma maior eficiência na conservação dos ecossistemas e na manutenção e no ordenamento dos serviços a eles associados.Palavras-chave: mosaico; gestão integrada; unidades de conservação, zona costeira e marinha.ABSTRACT: Coastal-marine environments in Brazil are the most affected by the human occupation process, causing considerable environmental degradation, requiring actions to guide an integrated management in order to maintain the integrity of ecosystems. In Brazil, one of the strategies used for environmental conservation and coastal area management is the creation of Conservation Units. The law under which the Sistema Nacional de Unidades de Conservação (National System of Conservation Units) (SNUC) was created, sets forth guidelines
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