RESUMOO presente artigo tem por objetivo compreender, a partir da narrativa dos professores egressos da formação "Cultura Restaurativa e suas Práticas", o lugar que os direitos humanos e a justiça tiveram em suas trajetórias e como negociaram a introdução dos seus princípios em suas práticas. Parte-se do pressuposto que a relação entre os direitos humanos e a mediação de conflitos pela via das práticas restaurativas possui um potencial emancipador ainda não devidamente realizado, o que enseja não só uma reflexão sobre o problema da efetivação da democracia e dos direitos no Brasil, mas também das resistências e dos indícios, ainda que tímidos, de novas possibilidades democráticas. Com este intuito, adota-se o referencial teórico-metodológico da história oral de vida, porque esta proposta permite captar experiências significativas por suas singularidades e por sua inscrição em um contexto social mais amplo. Autores como Arendt, Benevides, Holanda, Freire, Duschatzky, ajudaram a problematizar a situação dos direitos humanos, da justiça restaurativa e da democracia. Embora as expressões dos professores tenham revelado que a inclusão da justiça restaurativa nas escolas foi benéfica por introduzir o diálogo com os alunos, suas narrativas são desprovidas de compromissos mais consistentes com os seus pressupostos. Acredita-se, entretanto, que o reposicionamento da justiça restaurativa em âmbito educacional poderia não apenas tornar possível a prevenção da violência no interior das unidades escolares, mas também ensejar modos de conviver mais potentes, abertos ao diálogo e dispostos à construção de relacionamentos democráticos. ABSTRACTThe present article aims to understand, from the narrative of the teachers who graduated from the "Restorative Culture and its Practices" training, the place that human rights and justice had in their trajectories and how they negotiated the introduction of their principles into their practices. Assumption is that the relationship between human rights and the mediation of conflicts through restorative practices has an emancipatory potential that has not yet been adequately realized, which leads not only to a reflection on the problem of the realization of democracy and rights in Brazil, but also of the resistances and signs, albeit timid, of new democratic possibilities. With this in mind, we adopt the theoretical-methodological framework of the oral history of life, considering that this proposal allows us to capture experiences that mean by their singularities and, at the same time, by inscribing them in a wider social context. Authors like Arendt, Benevides, Holanda, Freire, Duschatzky, helped us to problematize the human rights, restorative justice and democracy situation among us. Although we have identified in the teachers' expressions that the inclusion of restorative justice in schools was beneficial to introduce the dialogue with the students, we also perceive that their narratives are devoid of commitments that are more consistent with their presuppositions. We believe, however, ...
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