Introdução: púrpura de Henoch-Schönlein (PHS) é uma vasculite sistêmica que acomete vasos de pequeno calibre com depósitos de imunocomplexos contendo IgA. Esta vasculite já foi extensamente estudada em crianças, mas sua história natural em adultos é menos conhecida. Objetivos: descrever uma série de pacientes adultos com PHS. Pacientes e Métodos: membros do Grupo Mineiro de Estudo das Vasculites foram convidados a reportar pacientes com PHS apresentando-se na idade adulta. Foi realizada revisão padronizada de prontuários. Resultados: 11 pacientes, dois homens e nove mulheres, com idade + desvio padrão (DP) de 39,4 +/-20,1 anos foram estudados. Nove pacientes apresentaram púrpura; sete apresentaram artrite; quatro apresentaram envolvimento gastrintestinal e dez (91%) pacientes apresentaram glomerulonefrite (GN). Oito pacientes foram submetidos à biópsia renal. Seis deles apresentaram GN endocapilar proliferativa e dois apresentaram apenas proeminência mesangial mínima. Em outros três pacientes, o diagnóstico de PHS foi confirmado através de biópsia de pele. Todos os pacientes receberam corticóide, em cinco associado a outros agentes imunossupressores. Após seguimento (média + DP) 39,0 + 64,6 meses, quatro pacientes (36%) apresentaram comprometimento da função renal, mas apenas um (9%) desenvolveu insuficiência renal terminal e foi submetido a transplante renal com sucesso. Após o seguimento, sete (64%) estão em remissão completa e quatro em remissão parcial. Conclusão: em adultos, PHS representa uma entidade clínica distinta, com maior freqüência de envolvimento renal e vasculite sistêmica mais grave. Entretanto, o prognóstico nesta série foi tão bom quanto em crianças, talvez pela terapia imunossupressiva mais vigorosa. Nine patients presented purpura, seven presented arthritis, four patients had gastrointestinal involvement and ten patients (91%) presented glomerulonephritis (GN). Eight patients were subjected to renal biopsies. Six of them presented endocapillary proliferative GN and only two of them had minimal mesangial proliferation. In the other three patients, HSP was confirmed by skin biopsies. All patients received steroids, in five of them steroids were combined with other immunosuppressive agents. After a follow-up of 39.0 +/-64.6 months, four patients (36%) presented impairment of renal function, but only one (9%) developed end stage renal disease and was successfully appeared to renal transplantation. At the end of follow-up, seven patients (64%) are in complete remission and four in partial remission. Conclusion: in adulthood, HSP represents a distinct clinical syndrome with a higher frequency of renal involvement and more severe systemic vasculitis. Nevertheless, the final outcome in this series was as good as reported in children, maybe due to aggressive immunosuppressive therapy. Palavras
ResumoObjetivo: avaliar a possível associação entre fibromialgia e infecção crônica pelo vírus da hepatite C (VHC). Métodos: estudo transversal com 186 pacientes fibromiálgicas e 55 pacientes com diagnóstico de doenças difusas do tecido conjuntivo (DDTC) não-fibromiálgicas, e em 33 pacientes com infecção crônica pelo VHC e 34 controles sem doenças infecciosas relacionadas ao fígado, todas do sexo feminino e de idade igual ou superior a 18 anos. A fibromialgia foi diagnosticada segundo os critérios classificatórios do American College of Rheumatology (ACR) de 1990. Infecção crônica pelo VHC foi definida pela presença do RNA do vírus por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR). As demais variáveis consideradas para as manifestações extra-hepáticas associadas à infecção crônica compreenderam: fadiga, parestesias, fenômeno de Raynaud, sintomas de boca e/ou olhos secos, depressão e presença de títulos detectáveis de anticorpos antitireoidianos. Resultados: a infecção crônica pelo VHC foi detectada em três pacientes (1,6%) do grupo fibromiálgico e em nenhuma das pacientes com o diagnóstico de DDTC (p = 0,39). A dor musculoesquelética crônica disseminada foi mais prevalente no grupo de pacientes infectadas pelo VHC (45,5%) do que no grupo-controle (26,5%), mas não foi detectada associação entre fibromialgia e infecção crônica pelo VHC (OR = 1,39; IC 95% = 0,43-4,57). Dentre as manifestações extra-hepáticas, apenas os sintomas relativos a boca e/ou olhos secos apresentaram uma associação com a infecção crônica (OR = 6,40; IC 95% = 1,94-21,87). Conclusão: o estudo não detectou uma associação entre fibromialgia e infecção crônica pelo VHC. Palavras-chave: fibromialgia, vírus da hepatite C, infecção.AbstRAct Objective: to evaluate a possible association between fibromyalgia and hepatitis C virus (HCV) chronic infection. Methods: crosssectional study comprising 186 fibromyalgic women, 55 nonfibromyalgic controls with a diagnosis of diffuse connective tissue diseases (DCTD), 33 HCV chronically infected women and 34 selected from the gastroenterology outpatient clinic with no liver related infection disease, all aged 18 or older. Fibromyalgia was diagnosed according to the American College of Rheumatology (ACR) classification criteria. Chronic HCV infection was defined by detection of HCV-RNA using the polymerase chain reaction (PCR). Other extra-hepatic manifestations comprised: fatigue, paresthesia, Raynaud´s phenomenon, sicca symptoms, depression and detectable thyroid autoantibodies. Results: HCV-RNA was detected in 3 of the 185 fibromyalgic women (1.6%) and in none of the 55 DCTD group (p = 0.39). Chronic widespread musculoskeletal pain was more prevalent in the infected group (45.5%) than in the non-infected (26.5%), but no association was found between fibromyalgia and HCV chronic infection (OR = 1.39; 95% CI = 0.43-4.57). With the regard to other variables, only sicca symptoms were found to be associated with chronic infection (OR = 6.40; 95% CI = 1.94-21.87). Conclusion: we found no association between fibromyal...
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