Este artigo propõem uma metodologia que identifica as atividades econômicas com potencial de absorver as tecnologias patenteadas duma universidade. Assim, o objetivo é realizar a correspondência entre as patentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e as atividades econômicas. Para tanto, partiu-se da metodologia de Lybbert e Zolas (2014) sobre a qual empregou-se a análise de correspondência e o teste Qui Quadrado . Este concluiu que existe uma relação estatisticamente significativa entre as patentes da UFRGS e atividades econômicas específicas. De forma que as patentes se concentram no campo médico, odontológico, higiênico e terapêutico e se relacionam, primeiramente, com as indústrias de medicamentos e, em segundo lugar, com as de defensivos agrícolas e vacinas veterinárias. Complementarmente, as tecnologias de engenharia de material estão associadas às indústrias de máquinas e equipamentos. Por fim, 76% das patentes da UFRGS estão relacionadas a somente 6 campos econômicos.
Página | 45 Resumo: O objetivo deste artigo foi evidenciar as especialidades tecnológicas nas quais a Universidade Federal do Rio Grande do Sul mais apresenta pedidos de invenções (patentes) e, consequentemente, as suas áreas de atuação em termos de desenvolvimento tecnológico. Para tanto, foram extraídas, de uma base de dados de propriedade intelectual, as 344 patentes publicadas até maio de 2016. Estas patentes foram organizadas em segmentos tecnológicos, baseados na International Patent Classification (IPC), sobre os quais aplicou-se cálculos percentuais e análises da estatística descritiva. Os resultados apontam que as pesquisas na área de fármacos são as que possuem mais registros de patentes. Além disso, a área de química se relaciona com todas as dez maiores áreas identificadas em termos de patentes solicitadas. Por fim, evidenciou-se que as patentes da referida universidade estão focadas em áreas específicas e especializadas com potencial para desenvolver produtos como medicamentos, tratamentos terapêuticos, bebidas, vacinas e inseticidas. O artigo desenvolveu uma metodologia de organização das patentes, útil para subsidiar estratégias de transferência tecnológica e que pode ser aplicada em qualquer instituição de ciência e tecnologia.
As cooperativas vivem um momento peculiar, fruto da necessidade de se adaptarem, inovarem e sobreviverem em um novo cenário econômico-social. A gestão de cooperativas apresenta um fator complicador, que é a tendência de se buscarem conceitos, técnicas e modelos de empresas mercantis para resolução dos desafios da cooperativa. Entretanto, cooperativas não são empresas mercantis. Entre as necessidades que envolvem a sobrevivência e competitividade das cooperativas está o modo como elas estruturam a gestão da inovação. Dessa forma, o resultado da presente pesquisa é um modelo de inovação construído sob o prisma do cooperativismo.
AA inovação está em pauta nas organizações contemporâneas, porém, o que a precede é a criatividade. Nem a inovação nem a criatividade ocorrem sem a presença do empreendedor. Neste artigo, tais temáticas são discutidas, pois, no senso comum, talvez se imagine que os empreendedores utilizam métodos para a criação de ideias e processos para gerir a inovação. Esta pesquisa apresenta como resultado um questionamento sobre isso. A maioria dos entrevistados não utiliza métodos ou não tem consciência sobre eles. Percebe-se que esse tipo de estudo atende a certa carência por trabalhos que tratam da fase pré-operação da empresa, em que geralmente os modelos de negócios são concebidos. Essa análise contribui com a discussão, pois são apresentadas as visões de empreendedores disruptivos e de destaque em seus respectivos ramos de atuação.
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