Cette contribution interroge la réalité socio-naturelle de l’estuaire de la Seine que construisent les expériences nautiques de loisir. On s’intéresse en particulier aux médiations que produisent les spots de pratique. En quoi ces médiations territoriales et ces constructions esthétiques donnent-elles accès ou font-elles écran à une conscience du milieu estuarien ? L’article montre un estuaire morcelé, très inégalement fréquenté, et propose une typologie des principales formes de spots à l’œuvre. La mer, la Seine urbaine et la Seine des îles façonnent trois rapports aux eaux turbides du fleuve : quels sont-ils ? L’hétérogénéité des usages et des perceptions s’explique par la gestion multiscalaire de l’espace estuarien et par les horizons d’attente dans lesquels s’inscrivent les pratiques. Ce que font les publics dans la nature permet ainsi de comprendre les perceptions de l’environnement et d’interroger à nouveaux frais la gestion des écosystèmes, qu’il s’agisse de mesures compensatoires, de mesures de protection ou d’actions de reconquête.
Em 2007, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) oficializou a escolha do Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014 (CM). Uma grande festa foi promovida pelo governo para celebrar a vitória e a população brasileira vibrou como se um novo Mundial tivesse sido conquistado, visto que, no Brasil, o futebol é venerado e representa a atividade esportiva mais difundida entre a população (Marco ALMEIDA; Gustavo GUTIERREZ, 2005). Contudo, já naquele momento, alguns críticos apontavam para a dificuldade que o país enfrentaria, tendo em vista problemas internos, como corrupção, violência e desigualdade social (César CASTILHO, 2016). Concomitantemente, a mídia internacional publicava artigos colocando em cheque a capacidade do país para organizar o evento (Arlei DAMO;Ruben OLIVEN, 2013). Como se não bastasse, o Brasil seria escolhido, em 2009, como sede dos Jogos Olímpicos (JO) de 2016.Essas nomeações aconteceram ao longo do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 1 e certamente foram influenciadas pelo seu caráter carismático, reconhecido mundialmente (Suélen Barboza Eiras de CASTRO; Fernando Augusto STAREPRAVO; Jay COAKLEY; Doralice Lange de SOUZA, 2016) . Nessa época, o Brasil atravessava um período de transição importante, caracterizado por mudanças socioeconômicas de grande amplitude (Fernando SOUSA, 2014). Isto posto, a chegada de dois megaeventos mundiais era considerada como a "cereja no bolo", segundo o próprio governo (CASTILHO, 2016). A situação, porém, rapidamente se revelou mais complexa que o esperado -já no início das obras de infraestrutura, alguns prazos não foram respeitados (Christopher GAFFNEY, 2015).A CM e os JO ilustram o que nomeamos "megaeventos". Segundo alguns pesquisadores (Ken ROBERTS, 2004; Chris ROJEK, 2013), o que define um evento como "mega" é sua descontinuidade, sua originalidade e sua composicão global. Ademais, eles são capazes de atrair milhões de indivíduos por meio de diversos meios de comunicação. A CM 2002, organizada por Japão e Coreia do Sul, por exemplo, foi transmitida por mais de 41 mil horas para 213 países (Robert MADRIGAL; Colin BEE; Monica LABARGE, 2005). Com a exploração dos direitos de imagem desses eventos, o caráter econômico passou a ser priorizado em detrimento de outros impactos, tais como os políticos, sociais e ambientais.Atualmente, no entanto, esses benefícios têm sido contestados por diversos economistas do esporte (Anne-Line BALBUCK; Marc MAES; Marc BUELENS, 2011) , ao afirmarem que um evento esportivo não deve ser analisado levando-se em conta somente o aspecto econômico. A partir de então, outros impactos, notadamente o social, passaram a fazer parte dos estudos que analisam a relação custo/benefício dos eventos esportivos no que tange à população local (Eric BARGET; Jean-Jacques GOUGUET, 2010). A organização de um megaevento pode e deve promover mudanças sociais expressivas no país-sede, possibilitando melhorias na qualidade de vida de seus habitantes.Neste estudo, tendo como foco principal a CM 2014, buscamos traçar os impactos dos megaeven...
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